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Dilma nega cenário 'catastrófico' e pede que ministros acelerem cortes

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A presidente Dilma Roussefrf reuniu a coordenação política, nesta quinta-feira, e negou que o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Standard & Poor's configure um "cenário catastrófico" para o país. No entanto, ela pediu que os ministros acelerem os anúncios dos cortes de gastos públicos, principalmente os relacionados à reforma administrativa.

Durante a reunião, a presidente disse que é preciso ter "unidade" dentro do governo e "agilidade e urgência" na definição de cortes de despesas. Só depois, segundo ela, o Executivo vai negociar com o Congresso medidas de aumento de receitas transitórias, até conseguir o reequilíbrio das contas públicas.

Dilma ressaltou mais uma vez o compromisso de chegar aos cerca de R$ 65 bilhões para alcançar a meta de 0,7% de superávit primário em 2016, proposta pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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Segundo alguns ministros, as medidas de cortes de gastos serão anunciadas nos próximos dias, mas é possível que algumas delas possam ser editadas ainda nesta quinta.

Nesta quarta-feira (9), a agência Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+, tirando dessa forma o selo de bom pagador do Brasil. Na avaliação de Dilma, o governo precisa emitir sinais de segurança ao mercado "o quanto antes".

A reunião de emergência ocorreu na manhã desta quinta e pegou de surpresa o vice-presidente Michel Temer e os ministros que participaram do encontro. Entre eles, Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Kassab (Cidades) e Ricardo Berzoini (Comunicações).