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Oposição critica possibilidade de elevação de impostos para equilibrar contas

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Líderes da oposição criticaram nesta terça-feira (8) a possibilidade de o governo federal elevar impostos para conseguir equilibrar as contas públicas. Eles reagiram à declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que o aumento no Imposto de Renda é uma possibilidade em estudo dentro do governo.

Segundo o líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), o Congresso não deve dar “nenhum centímetro” de carga tributária para o governo federal. “Aqui nós vamos operar de forma muito firme para que não haja um real de aumento”, disse.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), disse que o governo ainda está sem saber como resolver os problemas econômicos do País. “Estamos vendo a cada dia que passa o governo mais perdido. Primeiro o governo anuncia a CPMF e depois volta atrás e agora o IR”, afirmou.

Na opinião do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), é um “absurdo” o ministro Levy insistir na tese de aumentar impostos para superar a crise. Para o líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), que é da base aliada, qualquer aumento de impostos dificilmente será aprovado pelo Congresso.

Radicalmente contra

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também se posicionou “radicalmente contra o possível aumento de tributos e afirmou que a busca deva ser para reduzir gastos. “Se o governo mandar projeto ou medida provisória [com aumento de tributos] será votado. Mas, a solução se dá pela vida do corte de despesas. O contribuinte não aguenta pagar mais imposto.”

Pouco eficaz

O relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a proposta do governo de reduzir dez ministérios não será suficiente para o ajuste de contas. “Tem reflexos muito pequenos financeiramente. Com muito boa vontade talvez chegue a R$ 100 milhões com um furo de R$ 30 bilhões.” Segundo ele, a redução da máquina demonstra que o governo também se empenha no ajuste ao cortar parte de sua estrutura, porém “não tem reflexo econômico relevante”.

Em 24 de agosto, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou que o governo estuda cortar 10 dos 39 ministérios.

Para Barros, é preciso “habilidade” nesse momento de crise para avaliar como reerguer a economia. “É um momento difícil para o Brasil e precisamos que a decisão não se torne um embate político”, disse.