Os ministros da economia da zona do euro farão neste sábado (27/6) reunião decisiva para fechar acordo sobre a dívida da Grécia, que precisa pagar até o dia 30 de junho cerca de 1,5 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A questão foi o tema principal do encontro em Bruxelas da cúpula dos 28 países-membros do bloco.
Os temas que causam obstáculos para fechamento do acordo permanecem os mesmos: o nível do IVA e as aposentadorias.
Nesta quinta-feira (25/6) as instituições credoras apresentaram uma nova proposta para Atenas, que pedem que as aposentadorias antecipadas sejam desincentivadas e que a idade de aposentadoria seja elevada para 67 anos até 2022. Solicitam também a unificação do Imposto de Valor Agregado ( IVA) em 23%, salvo para comida, energia e água (13%), livros, teatro e medicamentos (6%), eliminando os descontos aos habitantes das ilhas. Outro ponto é o superávit fiscal primário (excluindo o serviço da dívida) de 1%, 2%, 3% e 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e os três próximos, respectivamente.
A negociação complicou-se na quarta-feira (24/6) entre Atenas e seus credores (Comissão, BCE e FMI), quando o governo de Tsipras rejeitou as contrapropostas apresentadas por eles.
A Grécia retirou na última hora o aumento da tributação das aposentadorias e o pagamento do serviço de saúde também para os aposentados da lista, propostas socialmente muito impopulares depois de seis anos de crise e austeridade.
As propostas gregas demandam um esforço fiscal de 8 bilhões de euros em 2015 e 2016. Cerca de 93% deste valor viria do aumento de imposto e contribuições sociais e o restante de uma redução de gastos.
O país precisa de um acordo com seus credores para receber
7,2 bilhões de euros de seu programa de resgate, bloqueados por falta de
consenso sobre as reformas e ajustes pedidos pelos credores.