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Polêmica com habeas corpus de Lula derruba Petrobras e Bovespa

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A polêmica com um suposto habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter afetado os papéis da Bovespa nesta quinta-feira (25), que encerrou em queda de 1,24% aos 53.175 pontos. A empresa que mais puxou a queda do mercado financeiro hoje foi a Petrobras, diretamente envolvida na Operação Lava Jato e causa do pedido de habeas corpus, que já foi negado pela justiça e feito sem o conhecimento de Lula. Já o dólar continuou em alta, de 0,86%, cotado a R$ 3,12. 

>> Lula pede à Justiça para desconsiderar pedido de habeas corpus a seu favor

O Instituto Lula informou que foi informado da existência do habeas corpus pela imprensa. "Não sabemos no momento se esse ato foi feito por algum provocador para gerar um factoide”, diz a nota, acrescentando que estranha que a notícia tenha sido divulgado pelas contas do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) nas redes sociais. quem entrou com o pedido foi Maurício Ramos Thomaz da cidade de Campinas (SP), que não é advogado, mas tem fixação por processos jurídicos e se diz consultor. 

>> Autor de habeas corpus a favor de Lula tem histórico de ações

No noticiário da Petrobras, há também informações de que a empresa entrou com pedido de rejeição de uma ação movida por investidores estrangeiros contra a companhia na justiça dos Estados Unidos. A ação teria sido movido por conta dos casos de corrupção, mas representantes jurídicos da empresa alegaram que a fraude seria culpa de alguns indivíduos e que a Petrobras não poderia ser culpabilizada pela ação destes. A estatal também tem ações na bolsa americana, chamados de ADR's, que também tiveram queda, de 4,65% nos correspondentes às ações ordinárias e de 5,18% nos referentes às ações preferenciais. Na Bovespa, os ordinários (PETR3) caíram 4,38% e os preferenciais tiveram desvalorização de 4,55%, com preços de R$ 13,98 e R$ 12,60, respectivamente. 

Também afetada pelas polêmicas envolvendo Lula, a Vale, também estatal, teve forte queda. Seus papéis ordinários (VALE3) se desvalorizaram 2,42% e os preferenciais (VALE5) caíram 3,23%. O minério de ferro encerrou cotado em queda na China e também influenciou a queda dos papéis da mineradora. 

Outro destaque entre as baixas ficou com os papéis da Cemig (CMIG4), que tiveram queda de 4,15%, cotados a R$ 11,54. As ações repercutem decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou o pedido da companhia para renovar a concessão da hidrelétrica de Jaguara por mais 20 anos. 

Além de Lula, cenário interno vê alta no desemprego; lá fora, Grécia sem acordo

Novamente, a reunião de ministros das Finanças da zona do euro com autoridades gregas terminou sem acordo, realizada nesta quinta. com isso, aumenta a pressão sobre a Grécia. "Terminou por hoje. As instituições (credoras) e a Grécia continuam trabalhando. O Eurogrupo se reunirá mais tarde, mas não hoje", escreveu no Twitter o ministro das Finanças finlandês, Alexander Stubb. O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, também se pronunciou através da rede social. Ele escreveu que os credores parecem não querer aceitar propositalmente as reformas propostas pela Grécia. 

>> Reunião do Eurogrupo termina sem acordo com a Grécia

No Brasil, outra notícia que movimentou o mercado foi o aumento do desemprego, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em seis regiões metropolitanas, a taxa de desocupação subiu para 6,7% em maio, contra 4,9% no mesmo período do ano anterior. 

>> IBGE: desemprego sobe 6,7% em seis regiões do país