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Grécia não chega a acordo e ganhos da Bovespa perdem força; dólar encerra a R$ 3,10

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão desta quarta-feira (24) em leve alta, influenciada pelo cenário internacional e por projeção de inflação acima da meta em 2016 pelo Banco Central (BC). O mercado brasileiro abriu em alta e chegou a ter ganhos de 0,86% por volta das 11 horas, mas começou a perder força na parte da tarde e fechou o dia com ganhos de apenas 0,13%, com 53.842 pontos. O dólar encerrou em maior alta, de 0,76%, cotado a R$ 3,10 na venda. 

A reunião do Eurogrupo com a Grécia nesta quarta terminou sem acordos, o que desmotivou os investidores internacionais. A delegação grega não aceitou as propostas dos credores, mas as negociações irão continuar. Nova reunião foi marcada para esta quinta-feira (25), às 8 horas (de Brasília). A respeito do assunto, o ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kažimír, desabafou em seu twitter: "Progressos da Grécia são visíveis, mas é uma pena o tempo que foi gasto para chegarmos até aqui". 

>> Reunião sobre Grécia termina sem acordo

No cenário interno, houve divulgação do Relatório Trimestral de Inflação pelo BC, que projetou uma inflação distante da meta para o ano de 2016 e aumentou a expectativa de inflação neste ano, de 7,9% para 9%. Para 2016, a estimativa passou de 4,8% para 4,9%, sendo que a meta é de 4,5%. 

>> BC considerará expectativa de inflação alta em 2016 para definir Selic

A Sondagem da Indústria da Transformação, índice publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta, mostrou piora da confiança do setor para o mês de junho, apresentando queda de 4,7% na primeira prévia comparativa ao último resultado de maio. 

Petrobras volta a subir após suposto vazamento de informações sobre plano de negócios

No mercado financeiro, as ações da Petrobras registraram alta, após dia de desvalorização. Na imprensa, foram veiculadas notícias sobre um "suposto vazamento" de informações a respeito do plano de negócios da empresa e informações desencontradas podem ter provocado os movimentos de queda e de alta nos papéis. 

A Agência Estado havia veiculado ontem que o Plano de Investimentos da Companhia previa redução de 25% e hoje corrigiu a informação, dizendo que a redução seria de 40%. Entretanto, a companhia divulgou comunicado dizendo que o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras para o período 2015-2019 ainda está em elaboração e que fatos julgados relevantes serão oportunamente comunicados ao mercado e à imprensa. Os papéis ordinários (PETR3) da empresa tiveram alta de 1,88%, cotados a R$ 14,62, enquanto os preferenciais (PETR4) subiram 1,77%, com preço de R$ 13,20. No exterior, os ADR's da empresa também tiveram alta. 

Vale opera instável e Gerdau suspende contratos de trabalho

a Vale operou instável durante o dia, com seus papéis ordinários (VALE3) encerrando em leve queda, de 0,05% e preço de R$ 19,80 assim como os preferenciais (VALE5), que caíram 0,06%, cotados a R$ 17,05. O diretor de Relações com Investidores da empresa, Rogério Nogueira, disse em entrevista que a mineradora trabalha para cortar o Plano de Investimentos da companhia entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões. 

>> Gerdau suspende contratos de trabalho em usinas do Sul e ações lideram perdas na bolsa

A Gerdau esteve entre os destaques do pregão, entre as maiores quedas do dia, após notícias de que a empresa irá suspender contratos de trabalho de 100 funcionários da usina de aços especiais da cidade gaúcha de Charqueadas, a 60 quilômetros de Porto Alegre, por cinco meses, a partir do dia 13 de julho. "Essa decisão foi tomada frente à necessidade de ajustar a produção da usina de Charqueadas à baixa demanda de mercado, principalmente da indústria automotiva no Brasil, seu principal consumidor de aços especiais", informou a companhia, em nota. As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) tiveram perdas de 4,30%, cotadas a R$ 7,56.