O fluxo de investimento direto estrangeiro (IDE) para a América Latina e Caribe, sem contar com os centros financeiros offshore do Caribe, caiu 14% em 2014, para US$ 159 bilhões em 2014, depois de quatro anos de aumentos consecutivos, diz Relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) sobre investimento global, divulgado nesta quarta-feira (24). O Brasil registrou queda pelo terceiro ano seguido, mas continua na liderança de atração de investimentos.
De acordo com a Unctad, a queda se deu principalmente ao declínio de 72% no número de fusões e aquisições transfronteiriças na América Central e no Caribe, e também pela forte queda nos preços de commodities, o que reduziu o investimento em indústrias extractivas na América do Sul.
O fluxo de investimento estrangeiro direto para a América do Sul continuou a cair pelo segundo ano consecutivo, com decréscimo de 4%, com todos os principais países receptores registrando queda, com exceção do Chile.
O Brasil continuou a registrar ligeiras quedas nos fluxos de IDE pelo terceiro ano consecutivo, mas manteve-se o líder na região, com diferentes desempenhos de acordo com o setor. Em relação à saída de investimento direto estrangeiro por parte do Brasil, o país ficou em último lugar, registrando fluxos negativos (- US$ 3,5 bilhões) pelo quarto ano consecutivo. Mas manteve-se o maior investidor direto no exterior da região, em termos de fluxo de capital social, devido às altas quantidades de empréstimos de filiais estrangeiras a empresas-mãe no Brasil.
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