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Desemprego entre jovens italianos fica em 40%

Pessoas com menos de 25 anos não conseguem trabalho

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O desemprego entre os jovens com menos de 25 anos em 2013 ficou em 40% na Itália, apontou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico na Europa (Ocde) em relatório nesta quarta-feira (03). A taxa é um pouco maior entre as mulheres (41,4%) do que entre os homens (39%).

    A entidade ainda afirmou que o desemprego continuará crescendo no país em 2014, subindo para 12,9% contra 12,6% em 2013. A Ocde estima que só em 2015 haverá uma leve queda nesses dados para 12,2%.

    Além de não ter emprego, 52,5% dos jovens até 25 anos tiveram contratos de trabalhos precários no ano passado, com constantes ameaças de perda de emprego ou salários muito baixos e instáveis. Apesar disso, esse número diminui em relação a 2012, quando estava em 52,9%. O estudo também mostrou que nessa faixa etária, 36,3% dos italianos ficaram no emprego menos de um ano - percentual que aumenta para 40,2% entre as mulheres até 25 anos.

    Segundo nota divulgada pela Ocde, "se percebe ainda um aumento preocupante de jovens desempregados que não frequentam cursos ou escolas". Para eles, diz a organização, "aumenta o risco de ficarem marcados com uma queda crescente de perspectiva de ocupação e remuneração".

    A entidade ainda disse que "o trabalho na Itália é caracterizado por um baixo nível de segurança por culpa do crescente medo de desemprego e de um sistema de proteção social caracterizado por um nível de cobertura muito reduzido e com uma contribuição econômica pouco generosa". Considerando todos os trabalhadores, a taxa de contratos de emprego precários é de 70%, "uma das mais elevadas da Ocde". A entidade ainda divulgou que em sua área de atuação, "cerca de 45 milhões de pessoas estão sem trabalho, 11,9 milhões a mais que os primeiros anos de crise".

    A Itália, assim como outras economias europeias, enfrenta uma crise econômica há mais de sete anos. Segundo dados do Instituto de Estatísticas Italiano (Istat), 10 milhões de pessoas vivem em condições de pobreza no país. (ANSA)