O Fórum Nacional (Sessão Especial) - Visões do Desenvolvimento Brasileiro e Nova Revolução Industrial vai discutir os problemas e apontar as soluções para o país que mais cresceu no século passado, mas que ainda é emergente, conforme ressalta o presidente do Fórum Nacional, o ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso. Representantes dos três principais candidatos à presidência são alguns dos que contribuirão para a construção de ideias a que o evento se propõe, "rumo ao Brasil desenvolvido".
Dois grandes temas dominam o Fórum Nacional (Sessão Especial), que será realizado nos dias 10 e 11 de setembro, no Rio de Janeiro, no BNDES. São eles "Visões do Desenvolvimento Brasileiro" e "O futuro das nossas Cidades". A sessão de abertura terá a participação de figuras como o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Um dos painéis contará com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Borges, o José Roberto Mendonça de Barros, ligado ao candidato do PSDB Aécio Neves, e com o professor Maurício Rands, ligada à candidatada do PSB, Marina Silva.
Velloso, em conversa com o Jornal do Brasil por telefone, explicou a necessidade de discutir a nova revolução industrial, que o Brasil não pode ficar de fora. "Vamos apresentar esse tema, rumo ao Brasil desenvolvido. Esta é a síntese dos temas do Fórum. Nos anos 1970 nós tínhamos como principal competidor a Coreia. Hoje, ela é um pais desenvolvido. E o Brasil, é o que? Um emergente. De modo que a síntese de todos os temas que nós vamos discutir é essa ideia".
Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai apresentar dois trabalhos que acaba de lançar, de forma integrada, sob o mote "É hora de repensar o Brasil, principalmente quanto ao Desenvolvimento Industrial". Velloso também destaca, entre a programação do evento, o Manifesto “Favela é cidade”. "Já estamos trabalhando com cem favelas. Vamos então apresentar os projetos para essas favelas, a serem financiados pelo BNDES, pela Caixa, pelo PAC Social e por outras instituições".
A sessão de encerramento vai falar sobre o futuro das cidades, com foco nas regiões metropolitanas e sob uma perspectiva também cultural. Estarão presentes Ivan Domingues das Neves, secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Daniel Barros, da revista Exame, Jorge Guilherme Francisconi, presidente da Axis Consultoria Urbana, Rogério Boueri, diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Suzana Kahn Ribeiro, da Coppe-UFRJ, e Vicente Loureiro, subsecretário de Urbanismo do Governo do Estado do Rio.
"O Brasil inventou que ônibus é transporte de massa. Isso não existe, é invenção nossa. Quando eu estou em Londres e quero ir ao teatro eu tomo o metrô, porque nem táxi eu vou conseguir para chegar ao teatro. Nós já deveríamos ter metrô a cem anos e agora que estão querendo levar metrô a Ipanema e Leblon e, talvez, chegar à Barra Tijuca. Tudo isso nós vamos discutir, sempre dentro daquela ideia: Rumo ao Brasil desenvolvido. esclarece Velloso.