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'JB' antecipou pedido de recuperação judicial da OGX

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No dia 14 de junho, o Jornal do Brasil antecipava que a OGX, do empresário Eike Batista, iria pedir a recuperação judicial, após a agência Fitch Ratings ter rebaixado os IDRs (Issuer Default Ratings - Ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) em Moeda Estrangeira e Local da petrolífera de 'B-' para 'CCC’, e seu Rating Nacional de Longo Prazo de 'BB+ (bra)' para ’CCC (bra)’. 

A agência também rebaixou o rating das notas de US$ 2,6 bilhões e US$ 1,1 bilhão da subsidiária integral da OGX Austria GMBH para ‘CCC/RR4’, de ‘B-/RR4'. Ambas as emissões eram garantidas pela OGX, OGX Petróleo e Gás Ltda. e OGX Campos Petróleo e Gás S.A.

>> OGX entra com pedido de recuperação judicial

O rebaixamento dos ratings já refletia a crescente incerteza com relação à intenção e à capacidade do acionista controlador, Eike Batista, de honrar a opção de venda de ações detidas pela OGX, no montante de US$ 1 bilhão. Em face das necessidades de recursos da OGX para financiar seu programa de investimentos, vital para o aumento de produção, uma inadimplência por parte de Eike Batista em relação à opção de venda podia apertar ainda mais a liquidez da companhia. 

O Jornal do Brasil noticiou nesse mesmo dia que a OGX anunciou que seu acionista controlador reduziu sua participação na companhia para 58,92% por intermédio de venda de 2,17% das ações da OGX, em maio de 2013. Embora essa venda seja simbólica, ela aumentava a preocupação com o compromisso de Eike Batista em relação à companhia.

Já no dia 1º de outubro o 'JB' publicava: "OGX joga suas últimas cartadas para sobreviver: recuperação judicial pode vir nos próximos dias".

No texto da matéria, o jornal noticiava o calote de US$ 44,5 milhões referentes ao pagamento  de juros. Nesse dia, as ações da empresa fecharam em alta de 14,29%, embora o valor nominal tenha alcançado apenas R$ 0,25. O movimento refletia uma forte especulação dos investidores diante da possibilidade da empresa reestruturar sua dívida, além do prazo de 30 dias que ainda teria pela frente para que a suspensão do pagamento dos juros fosse efetivamente reconhecida.

"A OGX poderá ainda pedir recuperação judicial e, nesse caso, as negociações de suas ações na Bolsa serão suspensas, o que também explica em parte a especulação desta terça com os papeis da empresa. Segundo informações do mercado, a petrolífera teria em caixa pouco mais de US$ 60 milhões, que poderiam ser usados para o pagamento da dívida, mas a opção foi por não honrar esse débito e utilizar melhor esses recursos, já que a recuperação judicial suspende temporariamente o pagamento de dívidas", informou o JB..

Já no dia 30 de setembro o JB destacava que a OGX já estava elaborando o plano de reestruturação. "A OGX confirmou nesta terça-feira (30/9) que já está elaborando o plano de reestruturação, primeiro passo para o pedido de recuperação judicial. De acordo com a assessoria de imprensa da petroleira, 'o plano está sendo conduzido pela própria companhia, com assessoria da Blackstone e Lazard'.