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Oi sai fortalecida na fusão com Portugal Telecom

Nova empresa deverá ganhar fôlego para se capitalizar

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A fusão da Oi com a Portugal Telecom deverá resultar numa empresa bem mais fortalecida perante o mercado, podendo reverter as dificuldades de caixa que a telefônica vinha enfrentando. Essa é a perspectiva do presidente da Teleco Consultoria, Eduardo Tude. Segundo ele, com a fusão a Oi deverá se capitalizar alavancando cerca de R$ 7 a R$ 8 bilhões para novos investimentos em sua infraestrutura para encarar o mercado com um nível melhor de competitividade.

Tude ressalta que a nova Oi deverá ter ainda uma outra imagem a partir de nova governança que se pretende para a empresa com a fusão. Tude destaca ainda que os consumidores só terão a ganhar com essas mudanças já que os serviços da companhia deverão melhorar com os investimentos. Eduado Tude afirma ainda que a fusão não representou uma compra da Oi pela Portugal Telecom que, segundo ele, não teria recursos para essa aquisição.

“Houve uma troca de ações e uma fusão e a Portugal Telecom se torna gestora, mas não deverá ter o controle acionário da nova empresa”, explica Tude. Segundo ele, no próprio estatuto da Portugal Telecom há uma norma que permite a todos os acionistas com mais de 10% do capital da empresa ter os mesmos direitos de decisão que os demais com uma parcela maior.

Eduardo Tude esclareceu ainda que a fusão não contraria em nada o Plano Geral de Outorga (PGO) que regulamenta a concessão e atuação das empresas de telecomunicações no país. Segundo ele, a Portugal Telecom já fazia parte da Oi e apenas fez uma operação de fusão. “Havia essa implicação lá atrás (em 2008) quando a Brasil Telecom foi comprada pela Oi”, explica Tude. Ele destaca ainda que a criação de uma multinacional totalmente brasileira para competir com outras gigantes do setor nunca foi uma iniciativa do governo. “Acho que os próprios sócios da empresa convenceram o governo dessa estratégia, mas acho que isso nunca foi uma iniciativa do governo”, disse ele.