ASSINE
search button

Mantega volta a criticar taxa de juros cobrada pelos bancos

O ministro lembra que o Brasil está entre os maiores spreads do mundo

Compartilhar

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a criticar a alta taxa de juros cobrada pelos bancos no país, um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter reduzido a Selic para 7,5% ao ano.

"O spread (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o valor cobrado de seus clientes) praticados pelos bancos não está no patamar adequado, disse Mantega.

Segundo ele, a queda da taxa Selic já está em um patamar mais adequado para estimular a produção. “Mas ainda não estamos com uma taxa de juros adequada praticada pelos bancos de modo que possa estimular o consumo e o investimento”, criticou.

O ministro lembrou que o Brasil está entre os maiores spreads do mundo, mas entende que o país tem lastro para gastar, ou seja, pode reduzir esse spread causando novos efeitos positivos na economia.

Guido Mantega também falou da crise internacional, salientando que os países avançados continuam empurrando seus problemas com a barriga. "O cenário externo continuará ruim e não por pouco tempo”, acrescentou.

Ele afirmou também que o Brasil é um dos países menos afetados pela crise internacional por depender menos dos mercados externos.

Mantega disse que o crescimento do PIB no primeiro trimestre foi de apenas 0,2%, mas lembrou que as projeções de mercado apontam avanço de 0,5% no segundo trimestre e de 1,0% a 1,1% no terceiro semestre. “Chegaremos ao final do ano com crescimento anualizado em torno de 4%", concluiu o ministro durante o 39º Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.