Apesar de respeitar a decisão argentina de expropriar os 51% da
petroleira YPF, que estava sob controle da espanhola Repsol, a União Europeia (UE)
acredita que deva haver uma compensação econômica à empresa afetada. O governo
argentino retrucou a crítica, lembrando que qualquer sanção contra a Argentina
poderá afetar todos os países da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).
“Com a lei de expropriação aprovada pelo Congresso, a UE respeita a decisão e reitera que nunca questionou o direito da expropriação feita conforme a Constituição e todos os acordos internacionais dos quais a Argentina participa”, disse o diplomata espanhol Diez Torres.
Ele assegurou que UE apenas manifestou sua inquietude “pelas formas como a transição foi feita e porque pode ter havido uma violação dos direitos da empresa afetada”, a Repsol. Torres expressou sua confiança de que se chegue a um acordo para estabelecer uma compensação econômica à empresa.
O ministro do Planejamento argentino, Julio De Vido, por sua vez, defendeu a decisão de retomada do controle da estatal YPF e assinalou que, caso a UE faça alguma represália contra a Argentina, de alguma forma, estará prejudicando toda a região.
Ao participar do Terceiro Encontro Energético da UNASUL, na Venezuela, De Vido disse que “a Argentina retomou a direção da empresa porque esta não estava cumprindo as leis nacionais”.
* Com informações do Clarín