Os investidores reagem ao aumento das incertezas quanto à recuperação da economia global. Hoje, a China deu sinais de desaquecimento e adiciona tensão aos mercados, que operam na expectativa da conclusão da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O Fomc deve divulgar hoje, às 15h15, sua decisão sobre política monetária.
Além de dados econômicos, os investidores esperam que o Fed anuncie algum plano emergencial para estimular a economia caso os indicadores permaneçam fracos, evitando assim um novo processo de recessão. A especulação de que o Fed possa adotar mais medidas de estímulo à economia também contribui para elevar a cautela entre os investidores.
Nos EUA, a produtividade, excluindo o setor agrícola, veio aquém do esperado, decrescendo 0,9% no segundo trimestre, enquanto as projeções apontavam elevação de 0,10%. Já o custo de mão de obra superou as expectativas, reportando aumento de 1,5%, ante estimativas de expansão de 0,2%.
Internamente, operadores comentam que o fluxo segue positivo e isso contribui para segurar o dólar entre R$ 1,75 e R$ 1,76. Ontem, o Bradesco inaugurou a safra de captações externas do mês de agosto. Depois de operações corporativas próximas de US$ 5 bilhões no mês passado, o Bradesco lançou hoje US$ 1 bilhão em bônus de 10 anos, oferecendo aos investidores um yield de 5,95%.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)