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Wall Street encerra no vermelho pressionada por Hungria

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SÃO PAULO, 7 de junho de 2010 - Apesar do dia morno com poucos indicadores, as bolsas norte-americanas oscilaram durante toda a segunda-feira refletindo a maior desvalorização do euro em quatro anos. Os investidores se mostram bastante cautelosos devido à futura safra de indicadores (entre eles Livro Bege, vendas no varejo e confiança do consumidor). Diante desse cenário, ao final do pregão, o índice Dow Jones Industrial Average recuou 1,16%, aos 9.816 pontos. O S&P 500 perdeu 1,35%, aos 1.050 pontos. E na bolsa eletrônica, o índice composto Nasdaq perdeu 2,04%, aos 2.173 pontos.

Após Grécia e Espanha, a Hungria está no foco do noticiário europeu depois de um porta-voz do novo governo ter admitido que a situação financeira do país é grave. O governo prometeu divulgar na terça-feira uma avaliação inicial de como estão as contas públicas, além de um plano preliminar de ação.

Apesar da tentativa de tranquilizar os mercados, "a preocupação com a Hungria deixou todos os investidores receosos, não traçando tendência para as expectativas da semana. O mercado precisa tomar conhecimento da real amplitude do déficit húngaro para comprar ou vender ações, ou mesmo dizer que a crise grega se disseminu para outros países do continente", afirmou Paulo Hegg, operador da Um Investimentos.

No campo interno, as ações dos setores bancário e tecnológico pressionaram fortemente Wall Street para o vermelho. O primeiro em decorrência da descoberta de documentos que comprovam as fraudes no Goldman Sachs, levando seus pares, em efeito cascata, a perderem valor. As ações do Goldman Sachs recuavam 1,33% e do Bank of America perdiam 0,52%. Por sua vez, o setor de tecnologia foi penalizado devido ao anúncio da Apple da nova geração de iPhones.

O viés positivo ficou com o setor farmacêutico. A Bristol Myers Squibb viu seus papéis se valorizarem 7,53% após a divulgação de que um estudo conduzido pela empresa criou um medicamento experimental que melhora o sistema imunológico e as chances de sobrevivência de pacientes com câncer de pele. No entanto, ainda apresenta graves efeitos colaterais.

(Sérgio Vieira - Agência IN)