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SÃO PAULO - A Aracruz e a VCP, que juntas constituem a Fibria, anunciaram nesta quinta-feira a assinatura de contrato para venda da unidade Guaíba para a chilena CMPC, por 1,43 bilhão de dólares. As companhias revelaram o negócio ao mercado em 23 de setembro.
Em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Aracruz informa que está 'reestruturando seus passivos com o objetivo de adequar os vencimentos futuros à sua geração de caixa'.
Com isso, a companhia acredita que retomará condições para crescimento por meio de projetos com retornos elevados e reconquista do grau de investimento.
Conforme VCP e Aracruz, o pagamento por Guaíba será efetuado em duas parcelas, a primeira delas de 1 bilhão de dólares desembolsada quando da conclusão da negociação, o que deve ocorrer em 15 de dezembro. A segunda parcela será paga 45 dias após a primeira, corrigida a uma taxa de 7,5% ao ano.
O contrato celebrado com a CMPC envolve instalações industriais, terras e florestas que formam a unidade Guaíba, localizada no município de Guaíba (RS).
A unidade engloba uma fábrica de celulose com capacidade de produção de 450 mil toneladas anuais, uma fábrica de papel com capacidade produtiva de 60 mil toneladas/ano, terrenos com área aproximada de 212 mil hectares e 'licenças e autorizações para a execução de um projeto de expansão da fábrica de celulose, de modo a elevar sua capacidade de produção anual para cerca de 1,750 milhão de toneladas'.
Apesar da venda de Guaíba, a Aracruz informa que manteve ativos de 180 milhões de dólares em equipamentos industriais que foram comprados para a expansão da unidade. Tais equipamentos serão utilizados em projetos futuros da companhia.