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Bancos e commodities sustentam ações europeias em alta

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REUTERS

LONDRES - As bolsas de valores da Europa operavam em alta nesta segunda-feira, com as ações ligadas a commodities e do setor bancário em valorização, em meio a uma crescente confiança dos investidores conforme investidores se tornaram mais confiantes em relação às perspectivas de recuperação global.

Às 8h22 (horário de Brasília), o índice FTSEurofirst 300 - o principal do continente - exibia alta de 0,53%, a 972,01 pontos. O indicador acumula valorização de cerca de 50% desde que atingiu a mínima histórica no começo de março e avançou quase 17% no ano.¨

- Não há notícias específicas lá fora, não há notícias boas e notícias ruins. Os mercados asiáticos estiveram ok e a perspectiva para os Estados Unidos parece razoável - disse Howard Wheeldon, estrategista da BGC Partners.

O segmento bancário registrava um dos melhores desempenhos dentro do FSTEurofirst 300. Barclays, UniCredit, e Lloyds Banking Group subiam de 2,32% a 5,1%.

As mineradoras acompanhavam a firmeza dos preços dos metais, com o cobre em alta de 0,9% e o níquel saltando 2,32% em meio a perspectivas econômicas mais favoráveis.

Anglo American, Antofagasta, BHP Billiton, Eurasian Natural Resources Corporation, Rio Tinto e Xstrata avançavam de 2,8% a 4,4%.

Papéis do setor de energia também tinham oscilação positiva, com o petróleo negociado acima de US$ 74 o barril. BG Group, Cairn Energy, Royal Dutch Shell, Total e Tullow Oil subiam entre 1,2% e 2,6%.

Na contramão, as ações defensivas exibiam queda, conforme investidores se voltavam para ações cíclicas.

As farmacêuticas apresentavam maior fraqueza dentro do indicador. Sanofi-Aventis e Roche recuavam 0,1% e 1%, respectivamente.

Os mercados receberam suporte após o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny ter dito no final de semana que a economia europeia irá melhorar no segundo semestre desde ano, conduzida por medidas de política monetária, mas uma recuperação sustentável não acontecerá até o começo de 2010.

Contudo, Nouriel Roubini, um dos poucos economistas que previu precisamente a magnitude da crise financeira, vê um "grande risco" de uma recessão dupla, segundo artigo publicado no site do Financial Times, no domingo.

- Os mercados têm refletido os estímulos do governo ao redor do mundo e ficaram muito animados ... Temos que ter extremo cuidado com relação ao mercado avançar muito e perder de vista o valor dos ativos - disse Justin Urquhart Stewart, diretor da Seven Investment Management.