Agência Brasil
RIO - Para discutir a cultura como negócio, além de outros assuntos, como a Lei Rouanet, pirataria e direitos autorais, a revista Conjuntura Econômica, da Fundação Getulio Vargas, promove neta segunda-feira, no Rio, o 1º Seminário Nacional da Indústria da Cultura.
O editor da revista, Cláudio Conceição, revelou que o seminário vai começar a discutir a cultura como negócio, aprofundando também os debates sobre as mudanças que o governo quer promover na Lei Rouanet, de incentivo à cultura.
Atualmente, o governo aprova os projetos que serão apoiados pela Lei Rouanet, mas não faz nenhum tipo de acompanhamento, o que ocorre somente na prestação de contas final.
O governo está querendo ter agora um pouco mais de participação para verificar se o que foi aprovado no projeto foi realizado de fato. Com isso, evitará problemas como o remanejamento de verbas durante a realização do projeto apoiado. Segundo Conceição, as empresas, de modo geral, resistem à mudança, porque não querem a interferência do Estado nessa questão.
Os técnicos da FGV observaram que a cultura deixou de ser um hobby e virou um negócio no Brasil. - A pessoa faz hoje cinema para ganhar dinheiro, faz coisas para disputar prêmio - afirmou.
Cláudio Conceição disse ainda que boa parte da melhoria da qualidade do cinema no Brasil está relacionado à lei de incentivo ao audiovisual. A cultura é também forte geradora de emprego e renda. - Deixou de ser uma coisa marginal - disse Conceição, para quem, o problema é que o país ainda não tem instrumentos para medir o quanto a cultura gera de renda, devido a fatores como a pirataria, por exemplo.