A notícia do dia foi a de que o governo norte-americano chegou a um acordo com o Citigroup para ter 36% das ações ordinárias (com direito a voto) do banco. "Os investidores temem que o governo esteja a caminho de estatizar os bancos", comentou um operador.
O encolhimento de 6,2% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na passagem de outubro para dezembro - o maior em 26 anos - também pesou sobre os negócios. "Estes dados azedaram o humor dos mercados, já bastante céticos quanto à eficácia dos programas oficiais de recuperação do sistema financeiro e de estímulo à atividade econômica", afirmou a LCA, em relatório.
Por aqui, o mês chegou ao fim com a tradicional disputa pela formação da Ptax (média oficial do dólar), o que gerou mais volatilidade. Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO corretora lembra que os estrangeiros seguem carregados em posições compradas, o que também influenciou predominantemente na formação do preço do dólar e puxou as cotações para cima. "Mas assim que esses players tiveram suas posições líquidas reduzidas, a moeda norte-americana deve retroceder para próximo de R$ 2", acredita.
(Simone e Silva Bernardino - InvestNews)