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Sotheby's traz estrangeiro para mercado de luxo

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SÃO PAULO, 26 de agosto de 2008 - A Sotheby's International Realty, braço imobiliário da tradicional companhia inglesa de leilão de obras de arte de mundo, anunciou hoje a abertura de mais sete escritórios no Brasil que vão fazer frente aos negócios da empresa, juntamente com outras duas unidades já instaladas na capital paulista, que pretende vender imóveis de luxo para estrangeiros. Segundo o vice-presidente da Sotheby's International Realty, Peter Turtzo, o Nordeste brasileiro é o principal foco, mas outros destinos como Norte e Sul também já estão nos planos da empresa. "Vamos inaugurar escritórios em Natal (RN), João Pessoa (PB) e Maceió (AL) nos próximos dois meses, mas até o final do ano vamos chegar em Salvador (BA), Recife (PE) Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ)", afirma.

O executivo conta que antes de conhecer o Brasil acreditava que as terras tupiniquins se resumiam ao belo cartão postal da cidade maravilhosa. "Este é um país imenso, cheio de paisagens paradísiacas e clima bom o ano todo, o que abre espaço para negócios. Aqui é possível desfrutar do sol durante 365 dias por ano. Esse vai ser o mote para trazer o turista que deseja comprar uma casa de férias fora do seu país natal", conta Turtzo.

Apesar de avaliar que este ano "não está tão bom" como 2007 para o mercado mundial, por conta da crise que se iniciou nos Estados Unidos e se alastrou de forma global, o Brasil tem um grande potencial de crescimento. "A economia local está mais atrativa, principalmente, depois da elevação do grau de investimento. Além disso, o preço do metro quadrado brasileiro é muito barato se comparado com outros países com atrativos turisticos", explica.

O diretor da Sotheby's Brasil, Fabio Rossi, destaca que o preço do metro quadrado aqui é tão bom que é possível se adquirir uma ilha na costa brasileira por um terço do valor pago na Europa. "O europeu pode comprar uma ilha inteira por R$ 4 milhões", destaca. No entanto, a expectativa da companhia é que o mercado imobiliário brasileiro passe por uma valorização de ao menos 30% no prazo de cinco anos. "Ainda tem espaço para o alto luxo. Falta investimento no segmento de turismo e negócios, o que abre espaço para valorização dos imóveis", explica Fabio Rossi.

(Vanessa Stecanella - InvestNews)