ECONOMIA

FGV: 55,6% dos trabalhadores creem ser improvável perder emprego ou renda nos próximos meses

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Por ECONOMIA JB com Agência Estado
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Publicado em 15/12/2025 às 11:25

Alterado em 15/12/2025 às 11:25

A fatia de satisfeitos com o próprio emprego subiu de 62,6% para 64,5% Foto Wilson Dias/ABR

Por Daniela Amorim - Mais da metade dos trabalhadores ocupados (55,6%) creem ser muito improvável ou improvável perder seu principal emprego ou fonte de renda nos próximos seis meses, segundo dados da Sondagem do Mercado de Trabalho de novembro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Outros 15,7% afirmavam ser provável ou muito provável perder o emprego ou fonte de renda, enquanto os demais 28,7% não souberam fazer uma avaliação sobre o tema.

“Os dados dos novos indicadores da sondagem tem reforçado a leitura de mercado de trabalho aquecido. Apenas uma pequena parcela dos ocupados indicam medo de perder seu trabalho ou fonte de renda. Com a taxa de desocupação se mantendo nos menores níveis da série histórica, é natural que os trabalhos sintam maior segurança nas suas ocupações ou em uma recolocação, caso fosse necessário. Por outro lado, apesar desses resultados favoráveis, é possível notar alguns primeiros sinais de desaceleração, como a mudança de intensidade nas respostas”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Ibre/FGV, em nota oficial.

Segundo a FGV, houve ligeiro aumento ao longo dos últimos meses na soma das parcelas “muito improvável” e “improvável”, passando de 54,2% em junho para 55,6% em novembro. Porém, a fatia afirmando ser “muito improvável” caiu de 14,3% em junho para 7,8% em novembro, enquanto a parcela que avalia ser “improvável” aumentou de 39,9% para 47,8% no período.

“A migração de respondentes da parcela ‘muito improvável’ para ‘improvável’, parece indicar uma menor segurança, comparado com o que se observava nos meses anteriores. Vai ser importante olhar a dinâmica desse indicador nos próximos meses, para ver se a desaceleração da atividade, de fato, está impactando a percepção de segurança dos trabalhadores”, completou Tobler.

A sondagem mostrou ainda uma redução na fatia de pessoas muito satisfeitas com o próprio trabalho principal, de 14,3% em outubro para 11,7% em novembro. A fatia de satisfeitos subiu de 62,6% para 64,5%, enquanto a proporção de insatisfeitos passou de 6,1% para 5,9% no período.

Houve ligeira piora na proporção de pessoas que enxergam a renda atual do trabalho como suficiente para arcar com despesas essenciais, descendo de 70,1% em outubro para 69,8% em novembro.

A coleta de dados da Sondagem do Mercado de Trabalho referente ao trimestre encerrado em novembro ocorreu entre os dias 1 de setembro e 30 de novembro.

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