ECONOMIA

Apesar da inadimplência alta, Bradesco lucra mais 3,5% no trimestre, com R$ 6,067 bilhões

Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 31/07/2025 às 09:38

Alterado em 31/07/2025 às 13:49

Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho de Administração do Bradesco Clayton Souza/AE

Apesar da alta inadimplência, com atraso de 5,1% nas operações com pessoas físicas (43,4% do total de empréstimos) e de 4,3% de atraso nos negócios com pequenas e micros empresas (22,6% da carteira), o Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R4 6,067 bilhões no 2º trimestre.

No primeiro semestre, o banco lucrou R$ 11,869 bilhões, com aumento de 33,7% sobre o mesmo período do ano passado. Os números foram bem superiores aos divulgados pelo Santander na manhã dessa quarta (30), com lucro de R$ 3,659 bilhões no trimestre e de R$ 7,520 bilhões no primeiro semestre.

As provisões trimestrais do Bradesco para devedores duvidosos superaram o lucro do 2º trimestre, com R$ 8,147 bilhões referentes a operações com baixas contábeis (+6,5% no trimestre). A maior parte envolve créditos insolventes de grandes empresas, o que fez o índice de inadimplência dobrar de 0,2% para 0,4%. No semestre, as provisões somaram R$ 15,784 bilhões, também superando o lucro líquido recorrente do período.

Mesmo com esses indicadores, o balanço veio dentro das expectativas do mercado. O Bradesco, como destaca o presidente do Conselho de Administração, Luís Carlos Trabuco, “é uma moeda de duas faces”, a bancária e a de seguros (controlada 100% pelo banco). No 2º trimestre 62% dos lucros vieram da atividade bancária e 38% da área de seguros e previdência. No final do ano passado os seguros responderam por 47%, mesma divisão de um ano atrás.

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