ECONOMIA

Petrobras reduz a gasolina em 4,1% mas sobe o diesel em 6,56% no sábado

Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 19/10/2023 às 22:03

O preço médio do litro da gasolina A será reduzido em R$ 0,12 por litro Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Petrobras anunciou agora à noite novos reajustes dos combustíveis a partir de sábado (21.10) em suas refinarias. O preço médio do litro da gasolina A será reduzido em R$ 0,12 por litro para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,81 por litro. Uma queda de 4,1%. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba.

Para o diesel, no entanto, haverá aumento de R$ 0,25 no preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 4,05 por litro, um aumento de 6,56%. Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba.

Efeito da nova política

Graças à nova política de preços da Petrobras, que está usando mais petróleo leve extraído do pré-sal em suas refinarias, que batem recordes de utilização, desde o fim do PPI em maio (o sistema de paridade dos preços internacionais, que ajustava os preços domésticos às cotações internacionais atualizada pela taxa de câmbio), a Petrobras conseguiu neutralizar as oscilações do mercado de combustíveis. No ano, a variação acumulada dos preços de venda tanto da gasolina A como do diesel A da Petrobras para as distribuidoras registra redução: a gasolina, teve uma queda de R$ 0,27 por litro no ano, enquanto noo diesel, a queda acumulada é de R$ 0,44 por litro no ano.

“A estratégia comercial que adotamos na Petrobras nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e ao mesmo tempo evitar o repasse de volatidade para o consumidor. Uma prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do Brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, afirma Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

A Petrobras destaca em nota que a incorporação de “parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação” permitiu, em um primeiro momento, que “a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando períodos de estabilidade de preços aos seus clientes”.

Por que o diesel subiu

Segundo a empresa, “há um ajuste distinto nos dois preços, neste momento, nos fundamentos dos mercados externo e interno, assim como os parâmetros da estratégia comercial da Petrobras que busca a prática de preços competitivos por produto. Para a gasolina, o fim do período sazonal de maior demanda global significa maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo”.

No entanto, para o diesel, o produto de maior consumo no país, “observa-se uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto frente ao petróleo. Como a Petrobras está utilizando o máximo da capacidade operacional de suas refinarias, incluindo a realização de importações complementares, foi torna-se necessário realizar o ajuste, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”, diz a nota da companhia.