ECONOMIA
Alckmin diz que estudos de programa de incentivo à compra de linha-branca prosseguem
Por ECONOMIA JB com Agência Estado
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Publicado em 05/08/2023 às 05:14
Alterado em 05/08/2023 às 07:47
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin Foto: Evaristo Sá/AFP
Mateus Fagundes - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira, 4, que os estudos de um programa de desconto patrocinado voltado para a linha-branca ainda não terminaram.
A ideia foi aventada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na esteira do sucesso do programa voltado para o setor automotivo, que concedeu às montadoras crédito tributário em troca dos descontos.
"Nós estamos levantando. É um pouco mais complexo porque, como no caso de veículos, são poucas montadoras, é mais fácil controlar o crédito tributário do que na linha-branca em que você tem um número de empresas muito maior", disse à imprensa, após reunião na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.
BIODÍSEL
Gabriela Brumatti - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o avanço do mandato de mistura de biodiesel ao diesel fóssil para 20% (B20) deverá ser uma meta estabelecida dentro do Projeto de Lei (PL) Combustível do Futuro, proposta de política pública para redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Atualmente a mistura está em 12%. A fala ocorreu durante o anúncio oficial da construção da primeira usina de etanol em grande escala do Rio Grande Sul, da produtora de biocombustíveis Be8 (antiga BSBios).
Alckmin lamentou que o País tenha interrompido, nos últimos anos, o cronograma de evolução da mistura de biodiesel, definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 2018. As projeções determinavam que o mandato de 15% já estaria em vigor em março de 2023. "Lamentavelmente, no ano passado, voltamos para B10", disse. Na atual gestão, a evolução da mistura foi retomada e o mandato passou de 10% para 12% em abril e deve alcançar o B15 em 2026. "Vamos trabalhar para, no Combustível do Futuro, irmos para B20. Biodiesel gera emprego, desenvolvimento e preserva o meio ambiente", ressaltou o ministro.
O vice-presidente também reiterou que está entre os planos de descarbonização do governo a expansão da mistura de etanol à gasolina de 27,5% para 30%. "Vamos ter a gasolina mais limpa do mundo, além do carro flex", afirmou ele. Em referência à unidade de produção de etanol a partir de cereais em construção em Passo Fundo (RS), Alckmin parabenizou a Be8 pelo investimento de quase R$ 600 milhões no empreendimento e o aporte de outros R$ 300 milhões para produção de glúten vital. O produto é utilizado como aditivo na panificação. "O Brasil importa hoje 100% (de glúten vital)", segundo ele.
Durante a cerimônia, o presidente da Be8, Erasmo Battistella, elogiou a gestão de Alckmin e afirmou que o governo devolveu ao setor de biocombustíveis a competitividade.
"Felizmente, nos últimos sete meses, voltamos a avançar", disse. "O que mais queremos é estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica para continuarmos investindo e reindustrializarmos o Brasil", acrescentou.