ECONOMIA
Desemprego cai a 8,3% no trimestre encerrado em maio, diz IBGE
Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 30/06/2023 às 12:30
Alterado em 06/07/2023 às 20:38
A taxa de desemprego no Brasil foi de 8,3% no trimestre móvel terminado em maio (de março a maio), segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Significa que houve um recuo de 0,3 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023.
Também é a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015, ainda no governo de Dilma Rousseff (PT), quando também ficou em 8,3%. Nesse mesmo período de 2022 a taxa era de 9,8%.
“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, disse, em nota, Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.
Com isso, o número absoluto de desocupados teve baixa de 3% contra o trimestre anterior, chegando a 8,9 milhões de pessoas. São 279 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, comparado ao último trimestre do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 15,9%, ou 1,7 milhão de trabalhadores.
Já o contingente de pessoas ocupadas (98,4 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 0,9% (mais 884 mil pessoas) no mesmo trimestre de 2022.
Segundo o IBGE, no panorama anual, houve altas nos seguintes setores:
- Transporte, armazenagem e correio - 4,2%, ou mais 216 mil pessoas
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas - 3,8%, ou mais 440 mil pessoas
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais - 4,5%, ou mais 764 mil pessoas.
No entanto, foram registradas reduções nos grupamentos:
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: -6,2%, ou menos 542 mil pessoas
- Construção: -3,7%, ou menos 274 mil pessoa.
Rendimento segue estável
O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior em R$ 2.901. No ano, o crescimento foi de 6,6%. Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 280,9 bilhões. O resultado também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 7,9% na comparação anual.