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Governo mantém pavimentação da Transamazônica de olho em integração logística

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O governo federal inaugura neste sábado mais um trecho de obras de pavimentação da BR-230, conhecida como rodovia Transamazônica, a mais importante da região Norte, mantendo programa de incentivo à integração logística da região com o restante do país.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o trecho pavimentado, de 32 quilômetros, de um total de 90 já executados, liga as cidades de Itupiranga a Novo Repartimento, no Pará, fazendo parte de obras de 102 quilômetros que começaram na divisa do Estado com Tocantins e que têm previsão de conclusão até novembro.

A Transamazônica, projeto criticado por ambientalistas e de mais de 4 mil quilômetros de extensão, foi criada durante o regime militar, indo do Estado da Paraíba até o interior do Amazonas. O trecho que está em obras agora foi aberto em 1970 e nunca havia sido pavimentado, apesar de ficar relativamente próximo de grandes projetos como a mina de ferro de Carajás, da Vale.

A inauguração ocorre em um período em que o Ministério da Infraestrutura procura transmitir aos investidores sinalização de que o programa de concessões do governo de Jair Bolsonaro está caminhando apesar do quadro de grave crise econômica exacerbada pela epidemia de Covid-19.

Na quarta-feira, a pasta assinou a renovação antecipada da concessão da ferrovia Malha Paulista, operada pela Rumo, dias depois de ter enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) projeto de concessão da BR-163, entre Mato Grosso e o Pará, rodovia que corta a Transamazônica mais ao oeste do trecho inaugurado neste sábado.

“A pavimentação da Transamazônica é estratégica para a integração nacional e vai proporcionar melhores condições de frete, melhorando o escoamento da produção agroindustrial da região”, disse em comunicado o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. “Essa obra, para nós, é uma prioridade.”

Segundo o ministério, a BR-230/PA junto à BR-155 faz parte de um corredor de escoamento de produção do nordeste do Mato Grosso até os portos de Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA). A rodovia também está integrada à hidrovia do rio Tocantins e a expectativa do governo é que o tráfego neste corredor entre a BR-155 e a BR-230, no pico da safra, atinja o mesmo volume da BR-163, nos próximos anos.(Reuters)