
A Ambev, maior cervejaria do país, registrou aumento de 2,9% no volume de cerveja vendido no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018. Foram comercializados 18,2 milhões de hectolitros (100 litros). O crescimento, divulgado em balanço nesta quinta-feira (25), superou a expectativa de aumento de 1,5% do mercado.
A surpresa animou investidores e as ações da companhia subiram 8,5%, a R$ 19,50, maior patamar em 12 meses. A alta foi a maior da Bolsa, que fechou em queda de 1,4%, puxada pelos bancos, e perdeu os 103 mil pontos.
O lucro líquido ajustado da empresa no mesmo período foi de R$ 2,7 bilhões, 16% maior do que o segundo trimestre do ano passado.
Entre os destaques positivos da companhia estão nas marcas premium, mais caras, como a Corona, cujo volume vendido mais que dobrou e a Stella Artois, que cresceu mais de 50% no trimestre.
As bebidas não alcoólicas tiveram um crescimento de 14,2%, volume 5,6% maior, com 5,9 milhões de hectolitros vendidos.
Já o Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, caiu 6%, o que indica que o custo de produção se mantém elevado, com alta nos preços da cevada e do alumínio.
"Mantivemos nossa recomendação como neutra, pela margem de lucro é pressionada. O consumo de cerveja é muito atrelado a renda do Brasil, com o nível de consumo. Enquanto econômica estiver lenta, não vamos grande alavancagem", afirma Betina Roxo, afirma analista da XP Investimentos que cobre a Ambev.
Ibovespa
A Bolsa brasileira operou pressionada pelo exterior nesta quinta. Bolsas europeias e americanas fecharam em queda após decisão do BCE (banco central europeu) de manter a taxa de juros. Frankfurt recuou 1,28%, Paris, 0,5% e Londres 0,17%.
Em Nova York, os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 0,50%, enquanto Nasdaq cedeu 1%.
O Ibovespa caiu 1,4%, a 102.654 pontos. O giro financeiro foi acima da média para o ano, em R$ 19,1 bilhões.
O índice foi pressionado pelas ações do Brasdesco, que despencaram após divulgação de balanço. Os números vieram de acordo com as expectativas do mercado e levaram a uma realização de lucros. Os papéis preferenciais da companhia caíram 5,8%, a R$ 36,7. As ordinárias recuaram 4,76%, a R$ 33,36.
O dólar acompanhou o viés negativo e subiu 0,37%, a R$ 3,784, maior patamar desde 9 de julho.