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Bolsonaro é aplaudido por empresários ao falar em redução de preço da gasolina

Marcos Corrêa/PR -
Jair Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a negar nesta terça-feira (11) que haja intervenção do governo na política de preços da Petrobras. Falando a uma plateia de empresários e executivos em São Paulo, ele foi aplaudido ao mencionar que a estatal reduziu o preço da gasolina em 3%.

"Somos pelo livre mercado", disse Bolsonaro, pouco depois de citar o anúncio da Petrobras, feito nesta terça (11).

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Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente discursou na sede da Fiesp (Fundação das Indústrias do Estado de São Paulo). A entidade o condecorou com a grã cruz da ordem do mérito industrial. Ele não mencionou o ministro Sergio Moro, que teve mensagens trocadas com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, divulgadas no último domingo (9).

"Quem deve dar o norte da nação são vocês. O nosso papel [como governo] é não atrapalhar", afirmou ele.

Bolsonaro defendeu a privatização dos Correios e disse que não quer servidores "xiitas" no Ibama ( Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Ele comemorou a redução no número de multas ambientais em seu governo e disse que a tendência de queda deverá permanecer.

Ao falar sobre pressões que sofre no cargo, disse que representantes do agronegócio queriam indicar um nome para o Ministério da Agricultura.

"Mas aí eu tiro o [Ricardo] Salles [ministro do Meio Ambiente], e coloco o Zequinha Sarney [José Sarney Filho] no lugar. [Aí]  ninguém falou mais nada", disse.

O presidente afirmou que o número de autuações ambientais no primeiro bimestre deste ano foi o menor já registrado. 

Bolsonaro voltou a defender também a aprovação da reforma da Previdência. "Tudo virá após a reforma da Previdência. Ninguém vai investir em algo que não está dando certo. O nosso Brasil após essas reformas [da Previdência e tributaria] dará sinais de que estamos dando certo."

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também falou a favor da Nova Previdência.

"A aprovação da reforma cria expectativa positiva na economia, destrava o investimento e o consumo. Aprovando essa reforma até o fim do primeiro semestre na Câmara e no segundo semestre no Senado, as portas para outras reformas, como a tributária, serão abertas."