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Petrobras receberia R$34 bi pela TAG na sexta-feira, não fosse liminar, diz CEO

REUTERS/Sergio Moraes -
Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco
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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta quinta-feira que a empresa iria receber na sexta-feira 34 bilhões de reais não fosse a liminar concedida na semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que suspendeu a venda do controle acionário da Transportadora Associadas de Gás (TAG) pela estatal.

Esse negócio foi fechado no mês passado junto a um grupo liderado pela francesa Engie, que levou a TAG com uma oferta de 8,6 bilhões de dólares.

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Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

"Iria (entrar um aporte na sexta-feira), já transformado em reais seriam 34 bilhões com a mudança no câmbio", disse Castello Branco, em entrevista após o encerramento da sessão do plenário do STF sobre liminares que discutem se a venda do controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas --como foi o caso da venda da TAG pela Petrobras-- precisa de prévio aval do Congresso Nacional e passar por licitação pública.

Segundo o presidente da estatal, os recursos da operação --se entrassem-- seriam destinados a dois fins: parte para pagamento dívidas e parte para investimento na exploração e produção de petróleo.

Ele chegou a avaliar que, de maneira geral, a não concretização do plano de desinvestimentos "limita significativamente a exploração dessa riqueza natural em prol da sociedade brasileira".

Castello Branco afirmou que as liminares trazem "enorme insegurança" não só para a Petrobras, mas para os investimentos no Brasil. "É uma questão que está em jogo não só a Petrobras, o Brasil e a economia brasileira", frisou.

O presidente da estatal avaliou que gostaria de ter um desfecho do caso nesta quinta --o julgamento ficou para a próxima quarta-feira.

Mas ele disse estar confiante na racionalidade e no senso de justiça do Supremo. "Acho que eles tomarão decisão mais correta para o Brasil", disse.