LONDRES, 29 Mai (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo recuavam acentuadamente nesta quarta-feira, após a China ter sinalizado que vai usar sua posição dominante no comércio de terras raras como arma em sua guerra comercial com os Estados Unidos, alimentando preocupações de que o impasse pudessa prejudicar a demanda global por combustível.
No entanto, as restrições de oferta ligadas a cortes na produção da Opep e tensões políticas no Oriente Médio ofereciam alguma compensação.
O petróleo Brent recuava 1,09 dólar, ou 1,55%, a 69,02 dólares por barril, às 11:56 (horário de Brasília).
O petróleo dos Estados Unidos caía 1,46 dólar, ou 2,47%, a 57,68 dólares por barril.
Ambos os contratos caminhavam para o primeiro declínio mensal em cinco meses.
Embora a China até agora não tenha explicitamente dito que vai restringir as vendas de terras raras aos Estados Unidos, a mídia chinesa deixou fortemente implícito que isso acontecerá.
"A China é o maior produtor mundial dessas matérias-primas altamente valorizadas e está preparada para usá-las como arma em seu comércio com Washington", disse a corretora PVM.
Apesar dessas preocupações pressionarem os mercados de petróleo, os preços do produto continuam relativamente bem apoiados.
"Os riscos de fornecimento permanecem em patamares elevados, com incertezas geopolíticas contínuas no Oriente Médio, bem como os conflitos na Venezuela", disse James Mick, diretor-gerente e gerente de portfólio de energia da empresa de investimentos Tortoise, em um podcast de investidores.
(Por Ahmad Ghaddar)