ASSINE
search button

Preços de alimentos estabilizam e inflação cede, indica prévia

Compartilhar

O preço dos alimentos estabilizou em maio, dando espaço para a inflação desacelerar, indicou o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (24).
Apesar de ser a maior alta para o mês de maio em três anos, o avanço de 0,35% da prévia da inflação indica um movimento retardado no crescimento. Em abril a alta foi de 0,72%, e em março, de 0,54%.
Os custos de alimentos, que respondem por cerca de 25% das despesas das famílias, perderam força após alta de 0,92% em abril, com quedas em feijão-carioca (-11,55%), frutas (-3,08%) e carnes (-0,52%).
Com recuos de itens que puxaram altas em meses anteriores, os alimentos agora, assim como a educação, ficaram estáveis. Já os artigos de residência e comunicação tiveram deflação.
Os dois grupos que tiveram maior peso no comportamento positivo foram os transportes (0,65%) e saúde e cuidados pessoais (1,01%).
No acumulado em 12 meses, a alta fechou em 4,93%, ainda absorvendo efeitos da paralisação dos caminhoneiros.
A projeção de economistas ouvidos pela Bloomberg era que a prévia ficasse em alta de 4,99% nos últimos 12 meses, e de 0,41% em maio sobre abril.
Depois de manter a taxa básica de juros em 6,5%, o BC apontou uma "probabilidade relevante" de que a economia brasileira tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, e manteve o discurso de que precisa de tempo para analisar a fundo o quadro antes de eventual mudança na rota dos juros.
O BC destacou na ata de sua última reunião que a inflação acumulada em 12 meses deve atingir um pico no curto prazo, para depois recuar e fechar 2019 em torno da meta, enquanto o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, ressaltou que o BC não pode trocar inflação controlada por crescimento econômico.
A mais recente pesquisa Focus com economistas mostra que a expectativa dos economistas é de que a inflação termine este ano a 4,07%, indo a 4,0% em 2020.