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Dólar cai ante real atento a tratativas sobre Previdência e com caminhoneiros

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O dólar caía levemente ante o real nesta segunda-feira, com os avanços na tramitação da reforma da Previdência no radar dos investidores que retornam do feriado de Páscoa, atentos às tratativas com os caminhoneiros.

Às 10:32, o dólar recuava 0,21 por cento, a 3,9216 reais na venda.

Na quinta-feira, a divisa caiu 0,11 por cento, para 3,9298 reais na venda. Na semana passada, a cotação subiu 1,04 por cento, maior alta para o período desde a semana encerrada em 22 de março.

O dólar futuro rondava a estabilidade neste pregão.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deve votar a admissibilidade da reforma da Previdência na terça-feira após um adiamento na semana passada, que gerou aflição entre agentes financeiros.

A atenção dos investidores está em eventuais concessões e retiradas de pontos da proposta após o governo ter feito acenos nesse sentido em meio à ameaça de uma derrota.

A expectativa é de que o secretário especial de Trabalho e Previdência, Rogério Marinho, apresente nesta segunda-feira ao Centrão algumas alterações no texto, mas as mudanças não trariam impacto fiscal, segundo ele.

Nesta tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reúne-se com o presidente Jair Bolsonaro e em seguida com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Além da Previdência, outro tema passa a ter destaque no radar de participantes do mercado: as tratativas do governo para evitar uma eventual greve de caminhoneiros.

"É um tema importante, não que haja expectativa para que ela aconteça, mas se houver reviravolta e ela acontecer, pode indicar para o mercado que há ainda mais falta de articulação no governo do que se pensava", afirmou um operador de uma corretora nacional, destacando que o mercado se atentará para a capacidade do governo em negociar e evitar uma paralisação

Está prevista para esta segunda-feira uma reunião da Confederação Nacional do Transportadores Autônomos (CNTA) com o ministro da Ifraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, depois de aumento do preço do diesel anunciado pela Petrobras na quarta-feira.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz, afirmou que o governo está "entre a cruz e a espada" nas negociações com os caminhoneiros, de um lado pressionado pelas restrições econômicas e de outro ante uma decisão política que pode evitar paralisação da categoria.

No exterior, a agenda do dia deve ser tranquila, com os mercados europeus fechados em função de feriado. O dólar recuava ante a cesta das principais moedas.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de 5,343 bilhões de dólares.

(Por Laís Martins Edição de Camila Moreira)

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