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Setor de pagamentos desaba após Rede acirrar competição

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Ações de empresas de meios de pagamentos têm forte recuo nesta quinta-feira (18), após a Rede, do Itaú Unibanco, acirrar o ambiente de competição no setor no país.

Cielo recua 7,52%, a R$ 8,23 maior queda da Bolsa brasileira. Stone desaba 23,7%, a US$ 26,50. PagSeguro cai 12,76%, a US$ 24,89, na Bolsa de Nova York.

A Rede decidiu zerar a taxa para antecipar recebíveis de lojistas que receberem pagamentos de compras com cartão de crédito à vista em terminais da empresa. Também reduziu o prazo em que os lojistas receberão os valores depositados para dois dias.

"A notícia é negativa para todos os adquirentes listados, Cielo, Stone e Pagseguro, em diferentes magnitudes, já que devem reagir ao movimento agressivo da Rede", destacou a equipe da XP Investimento em relatório a clientes.

De acordo com cálculos dos analistas, assumindo que as transações à vista representem de 30 a 40% do volume total de crédito, a Cielo poderia ter seu lucro líquido de 2019 reduzido em 10 a 20%. No caso da Stone, eles avaliam que deve ser mais impactada, uma vez que a empresa atua principalmente no mercado de pequenas e médias empresas e possui maior exposição relativa ao pré-pagamento em seus resultados.

"A iniciativa da Rede, apesar de agressiva, faz parte do processo de corte de preços pelo qual a indústria vem passando nos últimos seis meses. Continuamos cautelosos com a Cielo e os adquirentes puros em geral, uma vez que os grandes bancos têm espaço significativo para abrir mão de receita nesse segmento a fim de reter e atrair clientes PMEs para sua base", disseram os analistas da XP.

As ações da companhia de software para o varejo Linx, que no ano passado lançou uma subcredenciadora de cartões, recuam 15,28%, a R$ 30,16. No pior momento, os papéis foram negociados a 28,69 reais.