O governo de São Paulo confirmou nesta sexta-feira, 22, a redução do reajuste de gás natural para os consumidores atendidos pela Comgás, a partir de 1º de março. Na quinta-feira, já havia circulado a informação de que as indústrias de São Paulo e a Comgás teriam acertado uma redução do reajuste médio sobre o gás natural industrial dos 35%, em média, anunciados no início do mês, para 23%. Nesta sexta, o governador João Doria (PSDB) anunciou a diminuição, na presença dos principais articuladores da negociação, como representantes dos setores químico, de vidro, cerâmica, além da concessionária.
Além da redução para a indústria, também haverá reajuste menor para consumidores residenciais; de 11% para 8%, clientes da cogeração, de 39% para 27%; e do GNV, de 40% para 28%.
O vice-governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, comentou que uma portaria da agência reguladora estadual, Arsesp, deverá ser publicada nos próximos dias com os novos ajustes.
Durante o evento, representantes do governo aproveitaram para desautorizar a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que divulgou uma nota sobre o acordo e se colocando como uma das líderes do processo de negociação.
Garcia classificou o anúncio da entidade como uma atitude de "surfar na onda alheia". "A Fiesp não teve nenhuma articulação", disse, destacando, por outro lado, as entidades setoriais Abiquim (indústria química), Abividro e Aspacer (Cerâmica e Revestimentos).