A Petrobras iniciou, ontem, a produção de petróleo e gás natural da plataforma P-76 no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A estrutura, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) é a terceira a entrar em processamento na área, desta vez com capacidade para processar diariamente até 150 mil barris de petróleo e comprimir até 6 milhões de metros cúbicos de gás natural.
A P-76 está localizada a aproximadamente 180 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidade de água de 2.030 metros. O projeto prevê que a nova unidade seja interligada a 10 poços produtores e sete injetores. Segundo a Petrobras, o escoamento da produção de petróleo será feito por navios aliviadores, enquanto a produção de gás será escoada pelas rotas de gasodutos do pré-sal. A finalização da conversão do casco, a integração dos módulos e o comissionamento final da unidade foram realizados no Paraná.
O campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, foi descoberto em 2010, mas só começou a produzir em abril de 2018. É o principal campo sob contrato de cessão onerosa, que reserva à Petrobras o direito exclusivo para exploração e produção de até cinco bilhões de barris de óleo equivalente na Bacia de Santos. O Plano de Negócio da estatal prevê, para este ano, a entrada em operação de mais uma plataforma em Búzios, a P-77.
No exercício de 2019, a ativação da P-76 é a segunda de um total de quatro previstas, conforme previsto no Plano Estratégico da estatal. A primeira, P-67, foi instalada em 1º de fevereiro na área de Lula Norte, também na Bacia de Santos. As jazidas de Lula e Cernambi são é as maiores produtoras do país e atingirão a marca de 1 milhão de barris de petróleo extraídos por dia ainda este ano. Neste, que é o melhor negócio do pré-sal atualmente, a Petrobras detém 65% da operação, em parceria com a anglo-holandesa Shell (25%) e a portuguesa Petrogal (65%).