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Ibovespa cai 1,14%, com reforma e Fed no radar

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São Paulo - O Ibovespa abriu o pregão em alta ontem e quase chegou a superar a máxima histórica, em meio ao otimismo em relação ao texto da reforma da Previdência entregue ao Congresso, considerada bastante robusta, com impacto total de R$ 1,164 trilhão em dez anos. Mas ainda pela manhã o índice passou a operar com volatilidade e já reta final do pregão batia mínimas, sob o impacto também da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (o banco central dos EUA), que alertou que os riscos para a economia global aumentaram. Foi a senha para investidores realizarem os lucros recentes.

O Ibovespa fechou em queda de 1,14%, aos 96 544,81 pontos, na mínima do pregão. "O texto da reforma da Previdência veio dentro do esperado pelo mercado, que agora opta pela cautela, colocando na balança o quanto dessa proposta deve ser aprovado, enquanto o governo ainda não conseguiu formar uma base no Congresso", comenta Victor Cândido, economista-chefe da Guide Investimentos. Para Raphael Figueredo, sócio e analista da Eleven Financial, "devemos ver agora uma acomodação de preços na bolsa, que deve andar mais de lado". Ele considera que foco do mercado "agora estará na capacidade do governo de comunicar o bom conteúdo da proposta para a sociedade e o Congresso, mas ela deve sofrer desidratação em alguns dos pontos", acrescenta.

O dólar chegou a cair abaixo de R$ 3,70 após a apresentação da proposta de reforma da Previdência pelo governo, mas em seguida os investidores preferiram adotar um tom de cautela e a moeda passou a subir, terminando o dia a R$ 3,7319, alta de 0,42%.