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Itaú e Santander preveem taxa Selic estável em 6,50% até dezembro. Bradesco vê taxa de 7,25%.

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Com a velocidade das informações e a agilidade dos departamentos econômicos dos bancos, as Atas do Copom estão ficando irrelevantes. Logo após a reunião, a nota do Copom já dá indicações precisas da tendência. As pesquisas semanais Focus, do Banco Central reforçam as tendências. E os Depecs dos bancos são ainda mais ágeis. Ontem, enquanto lia-se a Ata do Copom da semana passada para avaliar o horizonte dos juros em 2019, o Itaú-BBA previu que não haverá alta da Selic no 1º ano do governo Bolsonaro, que fechará dezembro nos atuais 6,50% ao ano, vigentes desde março.

Em cima da Ata, o Bradesco prevê estabilidade no 1º semestre e Selic de 7,25% até dezembro. Sexta-feira, 14, o Santander - de onde saiu a indicação do diretor de Tesouraria o economista Roberto Campos Neto, para presidente do BC, pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes - já tinha se antecipado e previsto uma Selic estável em 6,50% até dezembro de 2019 e além.

O mercado passou quase todo este ano esperando que a Selic aumentasse para 8% em 2019. Em 40 dias houve mudança notável. Na Focus de 19 de novembro, com respostas até dia 16, o mercado ainda apostava que a Selic fecharia 2019 em 8% ao ano. Mas as Top 5 (que mais acertam as previsões), que desde o final do 2º turno, com a eleição de Bolsonaro, previam taxas de 7,50%, baixaram na última Focus a Selic a 7%. Já os juros bancários...nem a Febraban sabe.

Trump pressiona Fed

Uma das variáveis que indicava a alta dos juros no Brasil seria uma escalada de juros nos Estados Unidos. Mas ontem o presidente Trump voltou a pressionar o Federal Reserve (Fed) para que evite aumentar as taxas de juros na reunião do FOMC, o Copom americano, aberta ontem e que define hoje os juros na maior economia do mundo. “Espero que as pessoas do Federal Reserve leiam o editorial do Wall Street Journal de hoje (ontem) antes que cometam outro erro”, tuitou Trump de manhã. Ele pediu à entidade que “sinta o mercado (e) não tome suas decisões só a partir de números sem sentido”. Os especialistas esperam que o Fed aumente a taxa básica em 0,25 pontos para um nível entre 2,25% e 2,50%, no momento em que o petróleo cai mais de 5% a 7%.