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Idosos: 90% ajudam no orçamento

CNDL e SPC dizem que 43% dos entrevistados com mais de 60 anos sustentam despesa da casa

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Pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) constatou que 21% dos idosos aposentados continuam exercendo algum tipo de atividade remunerada. Segundo os responsáveis pelo estudo da pesquisa feita com 612 pessoas em 27 capitais dizem que para 47% dos entrevistados é o fato de a renda não ser suficiente para pagar as contas. A pesquisa identificou que sete em cada 10 idosos são hoje beneficiados pela aposentadoria. A pesquisa permitia mais de uma resposta e entre os idosos que ainda exercem alguma atividade remunerada, 48% disseram que desejam se sentir produtivos nessa fase da vida e 46%, que buscam manter a mente ocupada.

O estudo identifica ainda que boa parte dos lares conta com a renda de familiares com mais de 60 anos. Nove em cada 10 idosos (91%) contribuem financeiramente com o orçamento, sendo que 43% os principais responsáveis pelo sustento da casa. Ainda assim, 34% dos entrevistados recebem algum tipo de custeio por meio de pensão por morte de cônjuge ou ente familiar.

Entre os que se planejaram pensando nessa fase da vida, 32% admitem nunca ter guardado dinheiro exclusivamente para essa finalidade; 25% não lembram quando começaram a fazer uma reserva; e 43% dos que recordam o período de início da poupança tinha em média 27 anos quando começou a guardar dinheiro.

A maior parte dos entrevistados (47%) afirmou que se previne por meio da contribuição do INSS; 34% disseram que fazem algum tipo de investimento – número que sobe entre as classes A e B – como poupança (13%), previdência privada da empresa em que trabalhou (9%) e investimentos como fundos ou ações (7%). Há também uma parcela que investe em previdência paga por conta própria (7%) e em imóveis (6%) – considerando apenas os imóveis tratados como investimento, e não como moradia.

Na faixa etária acima de 60 anos a explicação para não terem se preparado para a aposentadoria, os principais fatores citados são: falta de renda (29%) e de sobra de dinheiro no orçamento (25%). O SPC diz que os dados refletem um novo cenário com o aumento da expectativa de vida no Brasil e ressalta que planejar a aposentadoria pensando na renda que virá com o INSS é arriscado no contexto atual no país. Segundo a CNDL, o valor médio do benefício concedido raramente é suficiente para dar cobrir despesas que não estavam previstas, como gastos com remédios e plano de saúde.

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CNDL | idoso | orçamento | spc