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Futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, tem time jovem e a favor do Estado mínimo

Divulgação -
Da equipe de Guedes, só Campos Neto depende de votação no Senado
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O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou ontem Marcelo Guaranys, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como secretário-executivo da pasta. Servidor da carreira de Analista de Finanças e Controle do Tesouro Nacional, Guaranys é mestre em Direito Público pela Universidade de Brasília e é o atual Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República.

Com a confirmação ontem de seis novos nomes, a equipe do superministério da Economia, que vai assumir as pastas atuais da Fazenda, Planejamento e Gestão e o ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), está praticamente montada e vai absorver pelo menos três quadros que hoje servem ao governo Temer. Só Roberto Campos Neto depende de aprovação do novo Senado. É um time onde predominam jovens, liberais e defensores do Estado mínimo.

O futuro secretário geral da Fazenda, será Waldery Rodrigues Júnior. Engenheiro formado pelo ITA, mestre e doutor em economia, Rodrigues tem larga experiência no setor público. É pesquisador concursado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e consultor do Senado Federal na área política econômica. O atual ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, será o secretário geral adjunto da Fazenda.

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Da equipe de Guedes, só Campos Neto depende de votação no Senado (Foto: Divulgação)

O ministério do Planejamento vira secretaria geral de Desburocratização, Gestão e Governo Digital e será comandada por Paulo Uebel, ex-diretor executivo do Instituto Millenium, fundado por Guedes para promover o liberalismo econômico. Ele é especialista em direito tributário, financeiro e econômico. Foi secretário de Gestão da prefeitura de São Paulo.

Servidor da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Gleisson Cardoso Rubin será o novo secretário geral adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital. Ele hoje ocupa o cargo de secretário-executivo do Ministério do Planejamento. Junto com Colnago foi um dos responsáveis pela radiografia da economia apresentada pela equipe de transição do governo Temer, com diagnósticos e sugestões para o governo de Jair Bolsonaro.

O economista Carlos da Costa ocupará o cargo de secretário geral de Produtividade e Competitividade, que absorverá as principais funções do MDIC. Ele já foi diretor de Planejamento, Crédito e Tecnologia do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. Antes disso, presidiu o Instituto de Performance e Liderança e foi sócio-diretor do Ibmec Educacional. A parte de comércio exterior caberá ao economista Marcos Troyjo, que pilotará a futura Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da pasta da Economia.

O empresário mineiro Salim Mattar, fundador da Localiza, já tinha sido indicado para a Secretaria Geral de Desestatização. O economista Mansueto Almeida, atual secretário do Tesouro Nacional, deve continuar no cargo ou assumir a secretaria de assuntos econômicos.

E economista e especialista em tributação, Marcos Cintra, atual presidente da Finep, foi indicado para a Secretaria Especial da Receita Federal e Previdência. Mas a secretaria pode ser desmembrada em duas para ter um secretário dedicado exclusivamente à reforma da Previdência, que o presidente eleito já admitiu que será fatiada, discutida por etapas. Cintra ficaria concentrado na reforma tributária.

O cotado é o do deputado do PSDB-RN, Rogério Marinho, relator da reforma da Previdência abortada, quando vazaram as conversas com o presidente Temer, gravadas no porão do Jaburu, por Joesley Batista, do grupo JBS, em maio de 2017.