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Petrobras baixa preço da gasolina

Estatal baixou 4,96% o combustível este mês nas refinarias; já nos postos Ipiranga e BR...

Reprodução -
Dólar alivia gasolina
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Com a quinta semana seguida de queda do dólar, que chegou valer R$ 4,1286 em 25 de setembro e desde então já caiu pouco mais de 10%, ao fechar ontem a R$ 3,71,51 (queda de 0,34%, e a retração do barril de petróleo do tipo brent, dos US$ 86,50 de 3 de outubro para US$ 80,61 ontem (redução de 6,86%), a Petrobras está conseguindo baixar os preços da gasolina na refinaria, com a ajuda da política de hedge de proteção contra as osicilações do dólar e do barril adotada em 5 de setembro.

Ontem, a estatal anunciou para este sábado um dos maiores cortes da série recente, de 2% no preço médio do litro da gasolina A, sem tributo, nas refinarias, para R$ 2,1060. O diesel ficou inalterado em R$ 2,3606.

Desde o recorde de R$ 2,2514, de 20 de setembro, o preço do gasolina A nas refinarias já caiu 6,46%. Mesmo assim, o consumidor não tem sentido o alívio nas bombas pois há duas cadeias de intermediários (os distribuidores, que compram nas refinarias) e os donos de postos, que procuram sempre ampliar suas margens de lucro, conforme os levantamentos semanais da Agência Nacional de Petróleo, Derivados e Biocombustíveis (ANP).

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Dólar alivia gasolina (Foto: Reprodução)

Só no mês de outubro, o preço do litro da gasolina da refinaria já baixou 4,96%. Os consumidores raramente têm o hábito de anotar quanto pagam pelo litro de álcool, gasolina, diesel ou GNV quando abastecem o carro. Seria um hábito salutar e econômico passar a fazer isso. Até mesmo para selecionar os postos que, efetivamente, estão transferindo a baixa do dólar e do barril do petróleo na mesma intensidade da Petrobras.

A alegação dos donos de postos e distribuidoras para a resistência em transferir os ganhos ao consumidor é a de que as oscilações para cima dos combustíveis podem descapitalizar o posto ou rede, quando há um aumento no meio do caminho. Isto é correto. Mas o inverso, que se verifica há três ou mais semanas também deveria valer, para o consumidor. Pelo visto, o cliente nunca tem razão. Nem no Posto Petrobras ou no Posto Ipiranga.