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Giambiagi defende a reforma da Previdência

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Um dos maiores especialistas em Previdência do país, o economista Fábio Giambiagi disse ontem que, se houver vontade política, o próximo presidente da República terá legitimidade conferida pelas urnas para endurecer a proposta de reforma das aposentarias que está suspensa no Congresso. “Com a legitimidade que o próximo presidente terá após a elevada participação cívica, se ele estiver disposto a bancar uma reforma dura, terá espaço para fazer isso.

Para ele, pela resistência histórica do PT à reforma da Previdência, o caminho natural num governo Fernando Haddad será retomar a proposta parada na Câmara. Já no caso de vitória de Jair Bolsonaro, o economista vê maior possibilidade de endurecimento da matéria, dada o respaldo do Congresso com a vitória de candidatos apoiados pelo presidenciável do PSL nas eleições para Câmara e Senado no último domingo.

Para ele, Bolsonaro, com os mais de 46% dos votos válidos no 1º turno, alcançou uma liderança política que não se via desde a chegada ao poder do ex-presidente Lula. “Se souber encaminhar a negociação com o Congresso, ele consegue aprovar o que quiser”, disse, ponderando que a estratégia do capitão da reserva de recusar negociar com as cúpulas partidárias não é inteligente. No “varejo” teria que fazer 330 negociações na Câmara para obter margem segura.Uma mudança constitucional depende do aval mínimo de 308 deputados.