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Além das aparências: veja crítica do Caderno B para o filme “Todo dia”

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Baseado no livro homônimo do escritor David Levithan, “Todo dia”, do diretor Michael Sucsy (de “Para sempre”) apresenta um personagem central inusitado. A., como se autodenomina, é uma espécie de espírito ou entidade, que acorda a cada dia em um corpo diferente, da sua mesma idade, podendo ser um garoto ou uma garota. Ele tenta viver sem interferir muito na rotina dos corpos que “rouba”, mas tudo muda quando conhece Rhiannon (Angourie Rice), por quem se apaixona. Ocupando diversas mentes, A. passa a seguir a menina para conquistá-la. 

A interessante premissa desperta curiosidade, mas o roteiro acaba focando apenas no romance adolescente entre os protagonistas, uma açucarada história de amor com alguns pequenos conflitos. Há pontos positivos, como valorizar o amor além da aparência física ou do gênero da pessoa – mas mesmo esse tema é pouco aprofundado na produção, que poderia ter explorado melhor diversos aspectos da condição de A., que nem se questiona o que é. 

O que se destaca no filme é a unidade do trabalho dos jovens atores que vivem o protagonista e que conseguem dar o mesmo tom ao personagem, mesmo após as transformações diárias. 

* Jornalista

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TODO DIA : ** (Regular)

Cotaçõeso Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom

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