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Festival Vale do Café leva música ao sul fluminense

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No festival, fazendas abrem as portas para concertos em cenários históricos, shows acontecem em praça pública e oficinas de música são realizadas. De acordo com os organizadores, as atrações são a música, a paisagem, as construções do passado e a gastronomia. Os shows nas 12 fazendas custam R$ 150, incluindo visita guiada e lanches fartos.

Neste ano, o festival homenageia Jacob do Bandolim, que completaria 100 anos em dezembro. Três concertos em fazendas o celebram: no dia 20 de julho, na Fazenda Alliança, em Barra do Piraí, o Quarteto do Jacob faz o “Tributo a Jacob do Bandolim”. Também em Barra do Piraí, mas na Fazenda São João da Prosperidade, no dia 29, às 11h, o Duo Dani Spielmann e Sheila Zagury faz outro tributo. Por fim, também no dia 29, às 16h, o Terno Carioca encerra o festival com outro show em homenagem ao bandolinista, na fazenda São Roque, em Vassouras.

Dois shows gratuitos também lembram Jacob: o violonista Turibio Santos, que também é diretor artístico do festival, faz um show com obras do músico no dia 20, às 20h, na antiga estação ferroviária de Vassouras. Já no dia 21, às 20h, o grupo Noites Cariocas se apresenta no Centro Cultural Professor Antônio Pacheco Leão, em Rio das Flores.

Outros destaques são o concerto em celebração a Leonard Bernstein, que ocorre no dia 27 de julho às 16h na Fazenda do Paraizo, em Rio das Flores, e o show com obras de Baden Powell, que tem lugar no dia 28 de julho às 16h na Fazenda Vista Alegre, em Valença.  

A programação conta ainda, entre outros, com um show de Jorge Vercilo no dia 21 de julho, às 21h, na praça Barão de Campo Belo, em Vassouras, e com um show do Jongo Renascer Caxambu, às 11h do dia 21, na Fazenda Santa Eufrásia, em Vassouras. Em 2017, a fazenda foi acionada por racismo pelo Ministério Público Federal, por fazer passeio em que as funcionárias se vestiam de mucamas, enquanto a dona da propriedade, Elizabeth Dolson, usava trajes de sinhá.  

De acordo com Nelson Drucker, um dos produtores do festival, não haverá ninguém fantasiado de mucama desta vez. O produtor afirma que as visitas às fazendas mostram “os dois lados da colonização: a opulência dos barões e o sofrimento do escravos”.

Drucker diz também que o festival está mais sólido financeiramente em 2018, depois de passar por dificuldades financeiras em 2017, o que inviabilizou que a homenagem a Baden Powell fosse realizada naquele ano, quando o violonista completaria 80 anos. “Em compensação, estamos o celebrando agora”, ele diz.

Dentro os cursos gratuitos confirmados, há um de canto com a própria Carol McDavit, um de violão com Ulisses Rocha e outro de violão com Turibio Santos. Também haverá aulas de violino com Suray Soren e de cavaquinho e bandolim com Pedro Cantalice. Os cursos acontecem em Vassouras, de 23 a 27 de julho. As inscrições para os cursos e os ingressos para as fazendas podem ser comprados no site www.festivalvaledocafé.com.br.