Morreu no Rio nesta quarta-feira (12), aos 78 anos, o filósofo Leandro Konder. Ele sofria de Mal de Parkinson e morreu em decorrência das complicações da doença, em sua casa. O velório acontece nesta quinta-feira, às 15h, no Memorial do Carmo. A cremação ocorre na sexta-feira.
Leandro Konder é reconhecido como um dos autores brasileiros mais presentes nos estudos sobre Karl Marx. Ele era professor da PUC-Rio e da UFF.
Konder formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1984 obteve o título de doutor em Filosofia pela UFRJ. Atuou como advogado criminalista e, depois, trabalhista, até ser demitido dos sindicatos em que trabalhava, em função do golpe militar de 1964. Foi autor de inúmeras obras em diversas áreas do conhecimento, como Filosofia, Sociologia, História e Educação.
Em 1972, forçado a sair do Brasil, foi para a Alemanha, onde trabalhou na Universidade de Bonn, e para a França. Retornou ao país em 1978 e, de 1984 a 1997, foi professor no Departamento de História da UFF. Desde 1985 lecionava no Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Tem 21 livros publicados, e os que mais se destacam são A derrota da dialética, Flora Tristan – Uma vida de mulher, uma paixão socialista, Walter Benjamin – O marxismo da melancolia, Fourier – O socialismo do prazer – Vida e obra, O que é dialética, O futuro da filosofia da práxis. Publicou também os romances A morte de Rimbaud e Bartolomeu. Em 2008 publicou Memórias de um intelectual comunista.
Leandro Konder nasceu em 1936, em Petrópolis, Região Serrana, filho de Valério Konder, médico sanitarista e líder comunista.