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"Carminha era filha de Nazaré", diz Renata Sorrah sobre vilãs

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Heleninha Roitman, Zenilda de Holanda e Nazaré Tedesco são personagens que marcaram a TV brasileira graças à boa condução de Renata Sorrah, de 66 anos. Os personagens inesquecíveis vividos pela atriz são muitos, mas Nazaré, emSenhora do Destino, é a vilã preferida de parte do público brasileiro e segue "perseguindo" a estrela. 

Porém, na hora de escolher quem foi, para ela, uma vilã inesquecível, dispara: "a Carminha, de Avenida Brasil, acho. A Adriana (Esteves) fez lindamente. Acho que ela era filha de Nazaré", brincou, em entrevista ao Terra.

"É engraçado, porque a Adriana fez a Nazaré jovem. Então, é tão bonitinho isso, né?! Acho que a Nazaré tinha humor, mais do que a Carminha até. Era de quinta, péssima, as coisas davam errado, ninguém levava ela a sério. Tinha humor, não era aquela vilã que você fica tenso. Ela matava as pessoas e dava errado. Ela se achava o máximo. Tinha aquela coisa de se achar maravilhosa, gostosa. Era um personagem bem escrito", afirmou. 

Questionada sobre a melhor receita para fazer uma vilã, apontou o humor como um bom ingrediente. "Tem que ter humor. É fundamental, sempre! Em qualquer papel, mesmo que seja trágico, é sempre bom o humor permear o seu personagem", opinou Renata, que afirmou não conseguir acompanhar as novelas atuais. "Não dá tempo. A que eu estou fazendo, tenho que assistir, mas as outras, não. Só um pouquinho para ficar atualizada. Ultimamente, vi Avenida Brasil Cordel Encantado, que eu gostei muito", contou.

Saramandaia

Renata Sorrah está em cartaz em São Paulo com a peça Esta Criança, no Sesc Vila Mariana, e se prepara para voltar à TV Globo no remake da novela Saramandaia, em que viverá a personagem Leocádia, interpretada por Lídia Costa em 1976. "Estou muito feliz de fazer. É uma novela muito primorosa do Dias Gomes, de mais de trinta anos atrás. Vou fazer a mãe do menino que nasce alado, de asas. É tão bonito isso, ser mãe de uma criança diferente. Ela é uma mulher simples, tem dois filhos: um é prefeito da cidade, normal, e o outro tem asas", contou.

Para viver Leocádia, Sorrah está enfrentando um desafio: aprender a fazer renda. "Está dificílimo. A moça que está me ensinando, a dona Conceição, tem 70 anos. Perguntei desde quando ela fazia. Ela disse que desde que ela tinha dez anos de idade. É muito difícil! Só tive uma aula, vou ter mais", disse.

A atriz, que afirmou não ter assistido à novela, contou que o elenco está cheio de estrelas, como Tarcísio Meira e Fernanda Montenegro, mas sua aposta é Sérgio Guizé, que viverá seu filho alado. "É um ator jovem, que eu acho o máximo. Ele é de São Paulo. É muito bom. Fiquei super feliz de ser ele", disse. "Ele tem tudo, é minha aposta na nova geração de atores", finalizou. A novela deve estrear em junho.

Feliciano

Renata Sorrah também falou sobre a recente participação de artistas em protestos contra o deputado Marco Feliciano (PSC - SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que vem dando declarações polêmicas sobre homossexuais e tantos outros temas. "Sou de uma geração que, quando eu comecei a fazer teatro, era ditadura. Então, comecei a fazer teatro quando tinha censura. Para estrear uma peça, tinha censura. Fui a todas as passeatas, todas contra a ditadura. Acho muito importante porque o nosso trabalho não é dissociado do social", afirmou. 

"É importante o engajamento político. E quando eu digo político, digo tudo, como a educação das pessoas, as crianças que têm que ir para a escola. Não é so partido. É tudo. É você ser contra um Feliciano da vida, dar a sua oposição. Um cara que diz barbaridades e não podemos aceitar isso. É bacana você usar isso (o reconhecimento). Acho importante", finalizou.