O francês Mounir, da equipe Vagabond Crew, foi o grande vencedor da final mundial do Red Bull BC One, uma das maiores competições internacionais de um-para-um de break dance. Dezesseis competidores de 11 países participaram do torneiro, realizado na Fundição Progresso, na Lapa, região central do Rio, na noite deste sábado (8).
Mounir,que enfrentou o coreano Differ na final, agradeceu o carinho do público brasileiro e adotou uma postura humilde. “Dei o meu melhor, venci, mas essa é apenas uma vitória. Amanhã é outro dia”, disse. Para o francês um dos principais obstáculos foi o calor dentro da arena montada para a competição – a temperatura no Rio bateu os 40 ºC neste sábado, considerado um dos dias mais quentes do ano na cidade. “Estou muito cansado, o calor tornava a respiração muito difícil”, explicou.
Segundo lugar, Differ ganhou a simpatia do público já nas oitavas de final, e também citou o calor como um dos maiores adversários. “É inverno na Coréia, não estou acostumado”, disse, enquanto enxugava o suor do rosto. Para ele, o segundo lugar foi uma vitória. “Ainda estou nervoso”.
Além do Rio, São Paulo, Berlim, Cidade do Cabo, Tóquio, Nova York, Moscou e Paris já sediaram a final do torneiro, que acontece desde 2004. Os 16 participantes, chamados de B-Boys, são divididos em oito chaves e enfrentam-se em competições mata a mata de três rounds em que dançam ao som. Eles são avaliados por um grupo de cinco juízes, também formado por B-Boys, que levam em conta a musicalidade, técnica, grau de dificuldade e criatividade dos passos.
Brasileiro fica nas quartas de final
Natural do Distrito Federal, o brasileiro Klesio foi ovacionado pelo público desde o primeiro instante em que pisou na arena. No entanto, apesar de ter chegado às quartas de final misturando o gingado nacional aos passos tradicionais da breack dance, ganhando do russo Exact, não resistiu e perdeu para o campeão da noite, Mounir.
“Foi incrível, me esforcei bastante e estou muito contente com o resultado. Infelizmente teve um momento em que escorreguei no suor, o que acabou me atrapalhando”, disse, ao contar que nem imagina como será voltar pra casa depois do torneio. “Nossa, é muita alegria”.