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Crítica: '12 horas'

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Depois de muita cantoria em Mamma Mia!, Amanda Seyfried (O preço do amanhã) volta às telonas como Jill, uma jovem traumatizada que busca justiça com as próprias mãos. Quando sua irmã mais nova Molly (Emily Wickersham) desaparece, antigas paranóias parecem voltar a assombrá-la. A loira jura que, há dois anos, foi vítima de um terrível sequestrador que a prendeu em um buraco no meio da floresta. Jill teria conseguido escapar das mãos do misterioso homem que ninguém viu e ninguém acredita existir.

Quando a situação parece estar se repetindo, os policiais, descrentes, acham que Jill está sofrendo de estresse pós-traumático. Diante disso, ela decide procurar o sequestrador sozinha. Para avançar na busca, golpes de jiu jitsu e um revólver são os meios principais. Junto a isso está a facilidade em conseguir respostas - todos parecem ter memória fotográfica no filme - a habilidade em dirigir carros em alta velocidade e a de escapar da polícia.  

Pena que o filme do diretor brasileiro Heitor Dhalia (O cheiro do ralo) não consegue cumprir o que promete. Em nenhum momento o suspense parece estar presente no longa. Apesar de Amanda estar bem melhor que em Mamma Mia!, ela sozinha não pode dar jeito no roteiro fraco de Allison Burnett. Do início ao fim vemos diálogos sem pé nem cabeça, às vezes constrangedores, que, em vez de trazer o suspense, provocam o riso.  

Junte a isso o caráter previsível do filme, o que acaba com a tentativa fraca de suspense. Esse aparece na tela nos diversos flashbacks, que nos deixam a dúvida sobre serem a memória de Jill, ou sua imaginação. Apesar do esforço de Seyfried, fica difícil gostar de um filme com tantas pontas soltas. Em vez de assistirmos a 12 horas, acabamos contando os minutos intermináveis.

Cotação: º (Ruim)