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Causas de morte de Michael Jackson ainda são desconhecidas

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Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Um dia depois da morte repentina de Michael Jackson, as especulações giravam em torno do que teria matado o Rei do Pop aos 50 anos de idade, às vésperas dos tão aguardados shows que marcariam seu retorno aos palcos e solucionariam boa parte de seus problemas financeiros. Um advogado da família disse nesta sexta-feira que se preocupava com a ideia de que o uso abusivo de medicamentos pelo cantor pudesse acabar sendo fatal, e que o círculo de pessoas mais próximas a Jackson vinha ignorando seus avisos. O investigador-chefe do Instituto Médico Legal (IML) de Los Angeles, Craig Harvey disse nesta sexta-feira não haver indicações de erro médico.

Enquanto o legista Lakshmanan Sathyavagiswaran conhecido por ter sido testemunha-chave no julgamento por assassinato contra o ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson realizava, às 8h desta sexta-feira (horário local), a autópsia do corpo de Jackson, as investigações da polícia de Los Angeles pareciam centradas no médico particular do cantor a única testemunha de sua morte que teria prestado os primeiros socorros ao superstar, e que esteve desaparecido até a tarde desta sexta.

Na quinta-feira à noite, a polícia de Los Angeles recolheu o carro do médico identificado como o cardiologista Conrad Robert Murray, 56 anos em busca de remédios ou outras provas. Detetives da divisão de roubos e homicídios da polícia de Los Angeles também revistaram a casa de Jackson, a pedido do chefe de polícia, William Bratton.

De acordo com a gravação da ligação de emergência feita por um homem ainda não identificado que pediu uma ambulância para a casa de Jackson na quinta-feira e informava, apressado, que o cantor não respirava nem estava consciente Murray esteve junto com o cantor o tempo todo antes da parada cardíaca e, inclusive, havia aplicado uma injeção do analgésico Demerol, similar à morfina, por volta das 12h (horário local), algumas horas antes do cantor sofrer a parada cardíaca em sua casa alugada.

Temos um cavalheiro aqui que precisa de ajuda, e não está respirando. Estamos tentando reavivá-lo. Temos um médico aqui com ele diz a gravação divulgada pelo Corpo de Bombeiros de Los Angeles.

Quando a equipe médica chegou à casa do cantor, quiseram pronunciá-lo morto em cena, mas segundo fontes próximas à situação citadas pelo site especializado em celebridades TMZ Murray se recusou a deixar que confirmassem a morte, exigindo que seguissem com as tentativas de reavivá-lo.

Ainda segundo o portal, os médicos detectaram sinais de que alguém havia tentado ressuscitar Jackson durante algum tempo administrando lidocaína medicação para tratar perturbações do ritmo cardíaco.

Em 2007, a farmácia Mickey Fine em Beverly Hills processou Jackson por não pagar uma fatura de US$ 101.926 em medicamentos, também de acordo com o TMZ. O caso foi abandonado um mês depois, o que geralmente significa que as partes chegaram a um acordo.

Segundo o Instituto Médico Legal de Los Angeles, podem ser necessárias de quatro a seis semanas para determinar a causa da morte. O laudo depende dos resultados de exames toxicológicos, que irão determinar se Jackson tinha drogas, álcool ou medicamentos em seu organismo. Um membro da família do artista, segundo o TMZ, fala em overdose como causa. A família do músico ainda não divulgou informações sobre o funeral.

Nesta sexta-feira, o advogado Brian Oxman, porta-voz da família Jackson, falou ao Early Show, da rede de TV CBS, sobre a preocupação que vinha tendo com os medicamentos receitados por médicos para as lesões sofridas em apresentações. Michael Jackson também tomava remédios sob prescrição médica para entrar em forma visando realizar uma série de 50 shows no próximo mês, em Londres.

Avisei para todas as pessoas mundo que eu podia avisar. Disse a eles que, um dia, Michael Jackson iria acordar morto. (...) tinha medicamentos à sua disposição em todos os momentos. Isto não foi algo inesperado observou Oxman.