Marco Antonio Barbosa, Jornal do Brasil
RIO - Agora é oficial: chegamos à última fronteira na exploração de animais pelo cinema de animação. Depois que abelhas, formigas, pingüins e até ratos viraram protagonistas de desenhos animados, chegamos a Barry e a banda das minhocas.
A idéia básica é tão absurda que, à primeira vista, parece irresistível: o improvável herói, a minhoca Barry, descobre um velho LP de discothèque e, apaixonado pelo suingue da música, resolve formar uma banda.
A idéia é participar de um concurso anual de música (protagonizado por insetos e outros bichos rastejantes).
Na prática, a originalidade do argumento se perde quando notamos que o filme segue o mesmo mote de tantos outros longas de animação (Ratatouille, Bee movie, FormiguinhaZ....): o bicho que deseja exercer seu livre-arbítrio e se recusa a seguir o caminho pré-determinado que a natureza lhe impõe.
A metáfora está mais do que gasta. A animação computadorizada é apenas OK co-produzida na Alemanha e na Dinamarca, não se compara ao que os estúdios americanos podem oferecer.
A trilha sonora, repleta de disco music da boa, compensa um pouco.