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RIO - Não é difícil encontrar matérias e notícias sobre Amy Winehouse. Diversos jornais e sites do mundo todo publicam centenas de notícias sobre os escândalos e as polêmicas nas quais a cantora inglesa costuma se envolver. Porém, pouco se fala sobre o passado e a carreira dessa importante artista, ganhadora de cinco Grammys e vários outros prêmios. Veja um pouco mais sobre a trajetória da jovem que choca com seu comportamente e encanta com seu talento:
Infância
Amy Jade Winehouse nasceu em 14 de setembro de 1983 no bairro de Southgate, em Londres. Vinda de família de origem judaica, desde cedo Amy entrou em contato com a música, pricipalmente através de seu pai, o taxista Mitchell Winehouse, que costumava cantar para ela clássicos de Frank Sinatra. Não demorou para que a cantora, aos 10 anos, fundasse sua primeira banda, a Sweet 'n'Sour, que descreveria depois como a "pequena Salt-n-Pepa judaica", fazendo referência ao famoso grupo feminino de hip-hop.
Um dos percalços da infância da cantora foi o caso que seu pai manteve com uma colega de trabalho, com a qual se casou em 1996. Amy e seu irmão mais velho, Alex Winehouse, eram cientes da traição e chegavam a chamar a amante de "a mulher do papai no trabalho". Anos mais tarde, na música 'What it is about men' do seu disco de estréia 'Frank', Amy falaria sobre o comportamento do pai.
Começo Musical
Amy ganhou sua primeira guitarra aos 13 anos e um ano depois começou a escrever suas músicas. Na adolescência ela trabalhou como jornalista para uma rede mundial de notícias de entretenimento, além de cantar em uma banda de jazz. Na época, o namorado e cantor de soul inglês Tyler James mandou uma fita demo com as gravações de Amy para um executivo da gravadora Island/Unidersal, que logo viria a contratá-la. Amy então chamou a Dap-Kings, banda que acompanhava o cantor de soul americano Sharon Jones, para servir como grupo de apoio nas gravações de seu primeiro disco e nos shows que estavam por vir.
Sucesso
O disco de estréia de Amy Winehouse, intitulado 'Frank', foi lançado em 20 de outubro de 2003. Quem assinou a produção do trabalho foi Salaam Remi, que já havia trabalhado com Fergie, The Fugees e Toni Braxton. A maioria das faixas trazia uma forte influência do jazz, o que fez com que os críticos comparassem a voz de Amy com a da famosa cantora Sarah Vaughan.
Com exceção dos dois covers - 'Moody's Mood for Love / Teo Licks' e '(There Is) No Greater Love' - todas as faixas possuíam a co-autoria de Amy, o que lhe rendeu fama de grande compositora. O disco ganhou críticas muito positivas e fez com que a cantora e o produtor recebessem o troféu Ivor Novello de melhor música contemporânea pela faixa 'Stronger than me'.
Mesmo assim, Amy disse que não estava muito satisfeita com o resultado final do trabalho, pois não gostou de algumas faixas e remixes que a gravadora incluiu no disco. Uma curiosidade é que o nome do CD surgiu do nome de um cachorro que Amy tinha na época.
Foi com o segundo disco, 'Back to black', lançado na Inglaterra em 30 de outubro de 2006, que Amy atingiu o status de celebridade. Continuando a parceria com Salaam Remi e agora contando também com o produtor Mark Ronson, que já havia trabalhado com Lily Allen, Maroon 5 e Robbie Williams, Amy se inspirou nos grupos femininos dos anos 50 e 60 - como The Supremes, The Crystals e The Ronettes - para compor as faixas do trabalho. Todas as músicas possuem participação da cantora na composição, sendo que seis delas, incluindo os sucessos 'Rehab', 'You know I'm no good' e 'Back to black', são de total autoria de Amy.
'Back to black' teve grande sucesso comercial, foi o disco mais vendido de 2007 e rendeu a Amy Winehouse cinco Grammys (Melhor Álbum Pop, Melhor Performance de Cantora Pop, Melhor Artista Nova, Música do Ano e Gravação do Ano para a faixa 'Rehab').
Estilo
Não é só a música de Amy Winehouse que chama a atenção e faz sucesso. Seu estilo também é sempre comentado e serve de inspração para milhares de fãs do mundo inteiro. O penteado da cantora, conhecido como "beehive" (colméia de abelha) virou marca registrada e faz referência ao estilo de cabelo usado por atrizes e cantoras dos anos 50 e 60.
Os vestidos - sempre curtos e marcados na cintura - e o forte delineador preto nas pálpebras também fazem o estilo vintage e viraram moda depois de adotados por Amy. A famosa revista de moda francesa 'Vogue' chegou a publicar um editorial inspirado no estilo da cantora na sua edição de fevereiro de 2008. Além disso, Karl Lagerfeld, um dos maiores nomes da moda atual e estilista da grife Chanel, confessou que é fã do estilo de Amy, considerando-a a "nova Brigitte Bardot".
Polêmicas
Polêmica é o que não falta quando o assunto é Amy Winehouse. A cantora rende diariamente manchetes para vários jornais sensacionalistas, devido ao seu envolvimento com álcool e drogas. Ela já foi internada em clínicas de reabilitação e recentemente recebeu um diagnóstico de enfisema pulmonar, causado pelo vício em cigarros e crack.
Amy foi presa duas vezes por porte de drogas, mas nunca passou mais de uma noite na prisão. Além disso, ela agrediu um fã na sua apresentação no Festival de Glastonbury, em junho desse ano, e apareceu em vídeos usando drogas e cantando músicas racistas.
O marido de Amy, Blake Fielder-Civil, com quem ela se casou em 18 de maio de 2007, cumpre pena temporária por ter ferido gravemente o dono de um pub. Blake também é conhecido por seu envolvimento com drogas, sendo considerado por muitas pessoas uma má influência para a cantora.