ASSINE
search button

Paulo Braga comemora 70 anos com show no Vizta

Baterista que acompanhou Tim Maia toca nesta quarta no Marina Palace

Compartilhar

O baterista mineiro Paulo Braga não poderia ter encontrado uma maneira melhor de comemorar seus 70 anos: se apresentando para o público que sempre o consagrou. Paulinho se apresenta nesta quarta-feira (21), a partir das 22h, no Vizta do Hotel Marina Palace, no Leblon, Zona Sul do Rio. As reservas podem ser feitas pelo telefone 2172-1089 e o couvert custa R$ 30.

Conhecido como um inovador e pai da bateria moderna brasileira, Paulo Braga nasceu na Zona da Mata de Minas Gerais, em uma pequena cidade no coração do Brasil chamada Guarani. Cedo mudou-se para Belo Horizonte e depois para o Rio de Janeiro. Por mais de três décadas, gravou e se apresentou com as maiores lendas brasileiras, incluindo Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) com quem gravou e fez tours por quinze anos. 

Paulo mudou-se para Nova York em 1995 e continuou a marcar sua presença na cena Jazz Pop internacional, com frequentes tours para Europa e Japão. O baterista gravou e tocou durante dois anos com um dos grandes saxofonistas de jazz, Joe Henderson. Com ele, gravou dois cds: Double Rainbow e Joe Henderson Big Band. Em Nova York, teve encontros musicais com Pat Metheney, David Sanborn, Michael Brecker, Gil Gondestein e participou da banda All Star Band no Telonious Monk Institute of Jazz em Washignton DC com Eliane Elias, Naná Vasconcelos, Flora Purin, Airto Moreira e Lee Ritenoir.

Destaques

Paulinho, como é chamado pelos amigos, gravou alguns dos mais importantes álbuns da MPB, como Passarim, Inédito e Antonio Brasileiro, de Tom Jobim; Bala com bala", Montreaux ao Vivo e Elis Regina e Tom, de Elis Regina; Milagre dos Peixes (no estúdio) e Minas, de Milton Nascimento; From tom to tom", de Toninho Horta. Mãos e Ivan Lins, de Ivan Lins; Sou eu, de Simone; Flor de Liz, Luz e Curumim de Djavan; e no primeiro álbum de Tim Maia, as músicas Primavera, Azul da cor do mar, A Festa de Santo Reis, Sossego, Do Leme ao Pontal, Coronel Antônio Bento, entre outras.

Em 2003, Paulo lançou seu CD solo, Grooveland, com composições próprias. Atualmente, ele tem feito vários shows com base nesse trabalho.

Em 2004, foi lançado, em DVD, o Programa Ensaio, produzido pela TV Cultura, Elis Regina MPB Especial - 1973, em que Paulo tocou junto de Luizão Maia e César Camargo Mariano.

Em 2005, gravou o álbum Falando de Amor, das Famílias Caymmi e Jobim".

A partir de outubro de 2005, Paulo passou a dividir seu tempo entre Nova York e Brasil, começando um novo projeto com Paulo Jobim e Daniel Jobim que juntos formam O Jobim Trio, quando começava a trabalhar no seu segundo CD solo, lançado no final de 2006.

Em entrevista, à revista Modern Drummer, Pat Matheny falou sobre seus bateristas favoritos: Roy Haines, Jack Dejonette, Paul Wertico e Paulo Braga. Sobre Paulo Braga, Pat disse ter ficado surpreso da maneira vanguardista que Paulo tocava Jazz. Disse ainda que Paulo foi responsável pela introdução, na bateria moderna , das influencias das escolas de samba.

Em 2007, depois de 12 anos morando em Nova York, Paulo voltou ao Brasil e deu sequência ao Projeto Jobim Trio. Em 2008 o projeto gravou o CD Novas Bossas, com Milton Nascimento, e saiu em tour para Europa e Estados Unidos. Em 2009, eles ganharam o Prêmio Da Música Brasileira, como melhor CD de MPB do ano.

No final de 2009, Paulo fez uma tour com músicos portugueses tocando suas próprias composições, passando por Lisboa, Porto e Braga. Participou - na banda do Caetano - do Show/Especial TV Globo, que Roberto Carlos e Caetano Veloso fizeram com músicas de Tom Jobim, que virou CD/DVD. Gravou ainda com Emilio Santiago De um jeito diferente, que também virou CD/DVD.

Em 2012, gravou com Nivaldo Ornelas no CD/DVD Jazz Mineiro Orquestra, com Eliane Elias o CD Light my fire, que teve a participação de Gilberto Gil. Com Rogê participou do CD Brenguelé, do qual faz parte a música de Rogê e Arlindo Cruz escolhida para Tema das Olimpíadas de 2016.